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OAB/SP apresenta quadros restaurados de personalidades jurídicas

Em cerimônia realizada na Casa da Memória da OAB/SP (Rua Anchieta, 35 - Centro), na semana passada, foram entregues nove quadros de valor histórico, restaurados por iniciativa da Comissão de Resgate da Memória da OAB/SP, com apoio e recursos da empresa Simpress, por meio da Lei Rouanet de incentivo à cultura. Os quadros ficarão expostos na Casa da Memória.

Da Redação

sábado, 20 de novembro de 2010

Atualizado em 19 de novembro de 2010 15:29


Resgate cultural

OAB/SP apresenta quadros restaurados de personalidades jurídicas

Em cerimônia realizada na Casa da Memória da OAB/SP (rua Anchieta, 35 - centro), na semana passada, foram entregues nove quadros de valor histórico, restaurados por iniciativa da Comissão de Resgate da Memória da OAB/SP, com apoio e recursos da empresa Simpress, por meio da Lei Rouanet de incentivo à cultura (clique aqui). Os quadros ficarão expostos na Casa da Memória.

Os nove quadros retratam personalidades jurídicas e ex-presidentes da Ordem : Rui Barbosa, Clóvis Bevilacqua, João Mendes de Almeida, Plínio Barreto, José Manuel de Azevedo Marques, Jorge da Veiga, João Braz de Oliveira Arruda, Benedicto Galvão e Francisco Antônio de Almeida Morato. São pinturas a óleo, com 81 cm por 92 cm, dispostas em molduras feitas no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, de autoria de Alípio Dutra e Arnaldo Barbosa, entre outros artistas.

O presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, afirmou estar feliz pelo sucesso do resultado obtido na restauração dos quadros de grande valor histórico e artístico. "É mais uma conquista da Casa da Memória da OAB/SP, que torna perene a história da OAB/SP e daquelas personalidades que ajudaram a consolidar a advocacia, servindo de inspiração a novas gerações", afirmou D'Urso, comprometendo-se, ainda, a publicar um livro documentando todo o processo de restauração, "com o intuito de reforçar o registro histórico que estas obras merecem."

O conselheiro Fabio Trombetti, diretor da Casa da Memória, ponderou que a noite era para agradecimentos, a começar pelo presidente seccional , que foi o grande incentivador do projeto. "Os quadros falam por si só. É uma alegria devolvê-los recuperados, principalmente pela qualidade da restauração realizada, de cunho internacional", destacou.

Para o presidente em exercício da Comissão de Resgate da Memória da OAB/SP, José de Ávila Cruz, ver o resultado final de mais de três anos de trabalho traz satisfação. "É um caso de preservação da história do país e da advocacia", avaliou, apontando ser um exemplo de respeito aos recursos da OAB/SP, que por meio da lei Rouanet conseguiu o feito de restauração dos quadros sem a utilização de dinheiro da Ordem.

Além das imagens de pessoas importantes para a história da OAB/SP e do país, os quadros são um registro da arte paulista do século 20. Não apenas as telas representam isto, como também as molduras executadas com trabalho refinado e técnicas manuais hoje em dia pouco empregadas. Ao longo do trabalho de restauração, todas as características que tornam estes quadros únicos foram catalogadas pelo ateliê responsável .

Entre outras autoridades, também participaram do evento, o presidente da Caasp, Fábio Romeu Canton Filho, o conselheiro, Antonio Ruiz Filho, presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB/SP, o conselheiro Rui Augusto Martins, José Eufébio de Abreu Dias, gerente de contas da Simpress e os restauradores Domingo Issac Tellechea e Maria Josefa Arenas.

O caminho para a restauração

Em meados de 2002, os quadros foram encontrados em uma das dependências da sede da OAB/SP, no centro de São Paulo, em local inapropriado para sua conservação. Foram levados para a sede do Jornal do Advogado, até chamar a atenção de Fábio Trombetti. A partir de 2004, foram iniciadas as pesquisas para verificar como os quadros poderiam ser restaurados e em 2007 o processo para a obtenção de recursos por meio da Lei Rouanet.

Relatando a dificuldade ao longo deste processo, Trombetti conta que "na primeira vez que fizemos o requerimento ele foi indeferido, tivemos de recorrer. O Ministério da Cultura não achava que a Ordem estava enquadrada nos termos previstos na lei, que é trabalho no nível cultural", fato que foi superado no recurso, em que o Departamento de Cultura e Eventos foi de suma importância para demonstrar que a OAB/SP tem sim expressão no cenário cultural paulista, especialmente no aperfeiçoamento cultural da advocacia, como prevê o estatuto da Ordem.

O processo foi deferido em outubro de 2009, o que forçou a Casa da Memória da OAB/SP e a Comissão de Resgate da Memória da OAB/SP a correrem contra o tempo, pois era necessário conseguir em menos de três meses a abertura de uma conta específica e fechar a parceria com alguma empresa da iniciativa privada, que teria de depositar o valor até 31/12, caso contrário novo processo teria de ser elaborado.

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