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Operação do MP/SP prende 6 pessoas de indústria de bebidas de Jaú por sonegação e lavagem de dinheiro

O MP/SP, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) - Núcleo Bauru, em conjunto com a Delegacia Regional Tributária de Bauru e a PM, deflagrou hoje operação que resultou na prisão de seis pessoas, entre representantes legais, administradores e funcionários da Indústria e Comércio de Bebidas Primor Ltda., sediada em Jaú, por sonegação fiscal, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

Da Redação

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Atualizado às 16:05


Crime organizado

Operação do MP/SP prende 6 pessoas de indústria de bebidas de Jaú por sonegação e lavagem de dinheiro

O MP/SP, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) - Núcleo Bauru, em conjunto com a Delegacia Regional Tributária de Bauru e a PM, deflagrou hoje operação que resultou na prisão de seis pessoas, entre representantes legais, administradores e funcionários da Indústria e Comércio de Bebidas Primor Ltda., sediada em Jaú, por sonegação fiscal, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

A operação é resultado de investigação iniciada em outubro de 2009 e realizada em conjunto pelo MP e pela Delegacia Regional Tributária. Segundo as provas reunidas, os investigados criaram empresas "de fachada" em nome de "laranjas" para vender produtos da Primor sem pagar os impostos devidos, e abriram contas bancárias em nome dessas falsas empresas para movimentar dinheiro sonegado da fiscalização tributária, além de várias outras fraudes.

O esquema fraudulento permitiu à Primor, durante os últimos oito anos, produzir em larga escala e obter lucros expressivos, sem pagar ICMS ao Estado. Desse modo, a indústria deixou de recolher aos cofres públicos uma média estimada em quase R$ 2 milhões por ano, recursos que poderiam ter sido revertidos em investimentos públicos para a saúde, educação, segurança, etc. Atualmente, a empresa deve ao Estado mais de R$ 41 milhões. A investigação constatou que desde o início do ano de 2002 a Primor não paga ICMS algum, com exceção de alguns valores ínfimos, em algumas poucas ocasiões.

Na operação foram presos Francisco Fernandez Chiosi, Luiz Carlos Vicioli, José Joelson de Lima Neves, João Arrigo Carignato, Daniela Fernandez Chiosi e Francisco Fernandez Chiosi Junior. Todos tiveram prisão preventiva decretada pela Juíza da 1ª vara Criminal da comarca de Jaú, a pedido do MP.

Contra eles pesa a acusação da prática de crimes contra a ordem tributária, apropriação indébita, falsidade ideológica, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas chegam a 27 anos de prisão. José Joelson de Lima Neves também é acusado de comercialização de bebidas falsificadas, crime cuja pena vai de 4 a 8 anos de reclusão.

Também a pedido do MP, a Justiça decretou o bloqueio caminhões, veículos, maquinário, imóveis e dinheiro existente em contas bancárias em nome das seis pessoas presas.

Os investigados serão interrogados ainda hoje pelos promotores de Justiça. Nos próximos dias, após a conclusão dos trabalhos, será oferecida a denúncia que dará início ao processo penal visando a responsabilização criminal de todos os envolvidos.

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