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João Fernando Marcolan, da Unifesp, profere palestra no TJ/SP sobre tratamento a dependentes de drogas

O professor João Fernando Marcolan, da Unifesp, compareceu no dia 17/2 ao Fórum João Mendes Jr., onde proferiu palestra sobre uso de drogas a magistrados da área de Infância e Juventude do TJ/SP. Ele atendeu a convite formulado pelo juiz Iasin Issa Ahmed, integrante da Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJ/SP. O objetivo da presença do professor Marcolan, enfermeiro, mestre e doutor - que atua há 27 anos nas áreas de saúde mental e dependência química -, foi transmitir seus conhecimentos sobre os problemas decorrentes do consumo de drogas, principalmente por crianças e adolescentes.

Da Redação

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Atualizado em 18 de fevereiro de 2011 10:31


Dependência química

João Fernando Marcolan, da Unifesp, profere palestra no TJ/SP sobre tratamento a dependentes de drogas

O professor João Fernando Marcolan, da Unifesp, compareceu no dia 17/2 ao Fórum João Mendes Jr., onde proferiu palestra sobre uso de drogas a magistrados da área de Infância e Juventude do TJ/SP. Ele atendeu a convite formulado pelo juiz Iasin Issa Ahmed, integrante da Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJ/SP. O objetivo da presença do professor Marcolan, enfermeiro, mestre e doutor - que atua há 27 anos nas áreas de saúde mental e dependência química -, foi transmitir seus conhecimentos sobre os problemas decorrentes do consumo de drogas, principalmente por crianças e adolescentes.

Estiveram presentes também o desembargador Antonio Carlos Malheiros, coordenador de Infância e Juventude, e os magistrados Raul de Felice, Adalberto José Telles de Camargo Aranha Filho, Mônica Ribeiro de Souza, Maria de Fátima Costa e Silva e Samuel Karasin, além da psicóloga Deyse Bernardi e de funcionários da Coordenadoria.

O encontro serviu também para preparar um pouco mais os juízes para o seminário que irá acontecer, a partir do próximo dia 24 de abril, sobre o assunto, promovido pela Coordenadoria. Marcolan começou sua fala abordando a falta de investimentos que há muito tempo o Estado, em todos os níveis, deixou de fazer quando se fala em recuperação de dependentes. Ele elogiou o Tribunal de Justiça pela iniciativa e ressaltou a importância do Judiciário, através dos magistrados, para se obter um resultado efetivo no tratamento de usuários que têm problemas com drogas. O professor mostrou como as drogas agem em áreas específicas no cérebro. Destacou os danos devastadores causados pelo crack, que, em último estágio, leva a pessoa à demência e cuja compulsão pelo uso faz com que o usuário torne-se um criminoso. Os juízes quiseram saber mais detalhes sobre o comportamento dos dependentes, a síndrome de abstinência e a evolução no consumo de drogas.

O professor Marcolan abordou também a questão do alcoolismo e do dia-a-dia do alcoólatra. Outro tema que despertou muito interesse dos magistrados presentes - que lidam com o problema quase que diariamente -, foi a dificuldade que eles encontram para encaminharem menores dependentes para tratamento. Procedimentos como a internação compulsória ou voluntária e a falta de vagas no sistema público de saúde foram tratados durante o encontro. Em relação à saúde mental, o professor mostrou aos magistrados detalhes que podem auxiliá-los no diagnóstico de esquizofrênicos e maníacos.

Ao final, Marcolan criticou o Brasil pelo excesso de propagandas de bebidas alcoólicas veiculadas nos meios de comunicação, principalmente da cerveja, fazendo uma comparação com outros países. Na Inglaterra, por exemplo, há 40 anos não existe qualquer propaganda de incentivo ao consumo de álcool e tabaco. Já na Rússia, a proibição da propaganda de vodca - a bebida nacional - trouxe como consequência uma redução de 50% nos casos relacionados ao tratamento de alcoolismo.

  • Confira abaixo as fotos da palestra.

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Juízas Maria de Fátima Costa e Silva e Mônica Ribeiro de Souza entre o juiz Raul de Felice e desembargador Antonio Carlos Malheiros

Juízes Adalberto de Camargo Aranha e Iasin Ahmed

Psicóloga Dayse Bernardi, do TJ/SP

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Fonte : TJ/SP

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