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Deficientes visuais visitam exposição "O Ritmo da Linha" no TJ/MG

Ontem, 14 deficientes visuais do Instituto São Rafael e cinco do TJ/MG visitaram a exposição O Ritmo da Linha, da artista plástica Sônia Gomes. O Toque Especial, que já vai para a sua quinta edição, é um programa que possibilita o contato de deficientes visuais com as artes plásticas e é desenvolvido pela Assessoria de Comunicação Institucional do Fórum Lafayette.

Da Redação

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Atualizado em 14 de abril de 2011 16:23


Toque especial

Deficientes visuais visitam exposição "O Ritmo da Linha" no TJ/MG

Ontem, 14, catorze deficientes visuais do Instituto São Rafael e cinco do TJ/MG visitaram a exposição O Ritmo da Linha, da artista plástica Sônia Gomes. O Toque Especial, que já vai para a sua quinta edição, é um programa que possibilita o contato de deficientes visuais com as artes plásticas e é desenvolvido pela assessoria de comunicação institucional do Fórum Lafayette.

Antes, a artista conversou com os participantes do evento sobre seu trabalho, o material e as técnicas usadas. Falou do compromisso da arte e da responsabilidade do artista em abrir portas.

Sônia Gomes explicou o seu processo de criação: "Eu trabalho com a memória, através de objetos do cotidiano feminino, como retalhos de renda, paninhos de cozinha ou fronhas, que são o suporte para as minhas obras. Sabendo disso, algumas pessoas levam para mim pedacinhos de rendas e paninhos que pertenceram a suas avós e pedem que eu salve aqueles fragmentos".

Por fim, pediu aos deficientes que não tivessem medo de tocar e explorar as obras. Sônia Gomes ficou muito satisfeita e emocionada com o evento. Considerou a experiência mais enriquecedora para ela do que para os deficientes. "Estava curiosa para ver esse novo olhar", comentou.

O programa foi idealizado pela servidora do TJ/MG Leila Diniz da Cruz, também deficiente visual. Ela explica que a visita acontece sempre que a exposição oferece a possibilidade do toque. Leila constatou que existem trabalhos direcionados só para deficientes, e isso não é inclusão. "Nós queremos fazer parte do todo", reforça.

Márcio Raimundo, servidor da biblioteca da Corregedoria, participou pela segunda vez do evento. Ele observou que na vida não se promovem tantas visitas assim. Acha válida, importante e necessária a iniciativa. "A possibilidade de tocar as obras é a única forma que temos de ver. E mais enriquecedor ainda é o contato direto com a artista", concluiu.

Neuton dos Santos, também servidor do TJ/MG, acha que o programa é mais uma porta que se abre para a inclusão. Lembra que, dependendo da deficiência, existe até uma dificuldade para reconhecer formas. "Com as experiências do toque, a gente vai aprendendo", declarou, destacando a importância da constância do evento.

Ana Paula, outra servidora participante, do setor de Protocolo da Corregedoria, disse que se sentiu emocionada, "ainda mais porque o projeto é da instituição onde trabalho", disse.

A Galeria de Arte integra o Espaço Cultural do Fórum, coordenado pela Assessoria de Comunicação Institucional-Fórum Lafayette com o apoio da direção do Foro da comarca de Belo Horizonte.

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Fonte: TJ/MG

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