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Semeando migalhas, colhendo livros

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Da Redação

segunda-feira, 20 de junho de 2005

Atualizado em 14 de junho de 2005 09:07

 

Semeando migalhas, colhendo livros

O ESPÍRITO DA MATÉRIA

Martins Fontes

Também as catedrais são sinfonias:
Rege a massa coral da arquitetura
a divinização da partitura;
e ambas se irmanam por analogias!

O alegro, o adágio, o andante, a tessitura,
o arco, o fuste, o florão... Alegorias
que, pela execução das harmonias,
timbram exatas, no esplendor da altura!

E, pelos olhos, as orquestras se ouvem.
E, pelo ouvido, a torre se levanta,
para que os sonhos da matéria louvem!

E, na sua amplitude sacrossanta,
a alma de um Brunelleschi ou de um Beethoven,
fulge na pedra, quando a pedra canta.

Eis acima o belo soneto do qual deveriam discorrer os migalheiros para concorrer a um cobiçado "Theotonio Negrão - José Roberto F. Gouvêa" 2005.

Antes do anúncio do ganhador, Migalhas gostaria de agradecer ao ilustre dr. José Roberto F. Gouvêa, responsável pela atualização do clássico "Código de Processo Civil e legislação processual em vigor", de Theotonio Negrão - José Roberto F. Gouvêa (ed. Saraiva, 37ª edição, 2.267p.), pela oportunidade de sortear obra tão valorosa.

Dentre dezenas de participações, a leitora Maria Fernanda F. Sales foi a felizarda ganhadora da obra. Migalhas prometeu, ainda, publicar o melhor texto enviado. Prometeu mais não vai cumprir. E não vai publicá-lo, pois achou que entre os textos, um não sobressaia. Um não, e sim três textos. E os três, como poderão conferir os migalheiros, com o mesmo patronímico. Sobrenome que, como se atestará (tanto pelo espírito, como pela matéria), bem poderia ser (se não o é) autor também de um encantador soneto, tão belo quanto o de Martins Fontes. Vejamos:

"O soneto Espírito da matéria de Martins Fontes analisa o sentido de perfeição da natureza, ao mesclar audição e visão, em perfeita sintonia. A arquitetura absorve-se na partitura e o belo, captado pelo que se ouve, projeta-se na construção. Tudo é tão harmonioso, que estampa um quadro encantador, perceptível pela sensibilidade daqueles que, quando olham, escutam as melodias da alma e, quando escutam, enxergam as belezas próprias dos que se emocionam ao vislumbrarem a presença divina na matéria bruta." Flávia Hellmeister Clito Fornaciari

"O médico e poeta Martins Fontes, muito provavelmente pelo fato de ter acumulado funções tão aparentemente paradoxais, em seu soneto "O espírito da matéria", trata dos dois aspectos que compõem o ser humano, o corpo e a alma, por meio de alegorias. O material é caracterizado por amplas catedrais, cujas torres apontam para o céu, como se clamassem por um complemento: "a torre se levanta, para que os sonhos da matéria louvem!". O espiritual é construído pelos símbolos das harmonias quem compõem a partitura: "O alegro, o adágio, o andante". Assim, matéria e espírito se interceptam, num sincronismo que culmina com o encontro entre ambos, momento de epifania, quando "a pedra canta". Fernando Hellmeister Clito Fornaciari

"Martins Fontes, em seu soneto "O espírito da matéria", mescla o descritivismo exótico do parnasianismo ao sentido transcendental pretendido pelos poetas simbolistas. E o resultado é um poema que seduz pela harmonia entre a razão, estampada na imensidão do concreto das catedrais - "a massa coral da arquitetura" - e a emoção, absorvida nas notas místicas da música - "a divinização das partituras". Razão e Emoção, partes do mesmo todo, plenitude pretendida pelo ser humano que, às vezes não vê e às vezes não ouve. Às vezes nem uma coisa nem outra." Clito Fornaciari Júnior

Atualizada até 10 de fevereiro de 2005, esta consagrada obra se destina a todos aqueles que buscam uma segura fonte de conhecimento, razão pela qual suas notas têm minuciosas explicações, destinadas a facilitar a compreensão dos textos até mesmo pelo público em geral. Contém o Código de Processo Civil e praticamente toda a legislação processual civil em vigor, além de inúmeros dispositivos.

 

Apresenta primoroso índice legislativo e de súmulas e também um didático índice alfabético-remissivo que menciona as subdivisões de cada instituto do direito processual civil. Traz um calendário permanente e os principais prazos para o advogado, facilitando o dia-a-dia do profissional. Trata-se de obra completa, acrescida de precisas notas doutrinárias e de amplas indicações bibliográficas e jurisprudenciais atualizadas. Esta obra encontra-se de acordo com a Emenda Constitucional n. 45 e a nova Lei de Falências.

 

 

Theotonio Negrão (1917-2003)

 

Conhecido por seus inúmeros livros jurídicos, Theotonio Negrão é referência no trabalho de advogados e profissionais do Direito.

 

Theotonio nasceu em 1917 e faleceu no dia 20 de março de 2003. Em mais de mais de 60 anos de profissão, além da advocacia, dedicou-se à magistratura no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (1979-1982) e foi também presidente da Associação dos Advogados de São Paulo.

 

"Meus livros não me eternizarão, porque lidam com uma coisa flutuante e em constante mutação, que é o Direito. Para ser eterno, é preciso escrever sobre coisas eternas." Theotonio Negrão

 

José Roberto F. Gouvêa

Graduado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), turma de 1973, e aluno, em Paris, da École Nationale de la Magistrature. Foi advogado em São Paulo, Procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, Professor de Direito Civil da Faculdade de Direito da Fundação Instituto de Ensino para Osasco e Presidente do Conselho Nacional de Defesa do Consumidor (Governo Sarney).

Colaborador e atualizador deste brilhante livro desde 1993. Desde abril de 2000 é Serventuário de Justiça, tendo obtido os 1º e 3º lugares no 1º Concurso de Outorga de Delegações de Registro de Imóveis e de Protesto de Letras e Títulos promovido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Nota da redação: Em nome dos leitores Migalhas agradece ao ilustre dr. José Roberto F. Gouvêa pela oportunidade divulgar brilhante trabalho.