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Mensalão

Lewandowski absolve José Dirceu do crime de corrupção ativa

Para o revisor, a acusação restringiu-se a fazer meras suposições.

Da Redação

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Atualizado às 16:27

Na sessão plenária desta quinta-feira, 4, o ministro Ricardo Lewandowski votou pela absolvição do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu do crime de corrupção ativa. Para o revisor da AP 470, a acusação restringiu-se a fazer meras suposições. De acordo com Lewandowski, o MPF não produziu nenhuma prova sobre a suposta relação entre José Dirceu e Delúbio Soares. "Todos os assuntos financeiros eram sempre exclusivamente tratados com Delúbio Soares", afirmou o ministro.

Consta na denúncia da PGR que Dirceu "foi o principal articulador dessa engrenagem" em razão da força política e administrativa de que era detentor à época dos fatos. No documento, o então procurador-geral da República Antonio Fernando Barros e Silva de Souza expõe que o petista "tinha o domínio funcional de todos os crimes perpetrados, caracterizando-se, em arremate, como o chefe do organograma delituoso".

A denúncia se baseou na delação do ex-deputado Federal Roberto Jefferson, que apontou Dirceu como o criador do mensalão. Segundo ele, Dirceu reunia-se com o principal operador do esquema, Marcos Valério, para tratar dos repasses de dinheiro e acordos políticos ou, quando não se encontrava presente, era previamente consultado por José Genoíno, Delúbio Soares ou Sílvio Pereira sobre as deliberações estabelecidas nesses encontros.

Entretanto, Lewandowski acredita que o depoimento de Roberto Jefferson não pode ter o mesmo peso do das demais testemunhas, porque ele é corréu no processo e, além disso, se declarou inimigo de José Dirceu.

Ontem, 3, o ministro Joaquim Barbosa, relator, votou pela condenação de Dirceu pelo crime de corrupção ativa.

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