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Banco Santos

Edemar Cid Ferreira contesta no TRF documento usado para sua condenação

O ex-controlador do Banco Santos busca provar a falsidade de documento usado como base para sua condenação a 21 anos de prisão por crime contra o sistema financeiro.

Da Redação

sábado, 27 de abril de 2013

Atualizado às 12:33

A defesa de Edemar Cid Ferreira contesta no TRF da 3ª região afirmações, documentos e cálculos feitos à época pelo BC, buscando comprovar a sua falsidade. O ex-controlador do Banco Santos pretende provar a falsidade de documento usado como base para sua condenação a 21 anos de prisão por crime contra o sistema financeiro.

As contestações questionam o balanço feito pelo BC quando da intervenção, e onde aparece apontado rombo de R$ 2,3 bilhões. Elaborado sob supervisão do chefe do Departamento de Supervisão Indireta do BC, Vânio Aguiar, que após deixar o Banco Central passou a administrar a massa falida do antigo banco.

A conduta de Vânio Aguiar diante de uma série de fatos, desde então, vem sendo contestada seguidamente, tanto pelo próprio Edemar Cid ferreira, quando pelo grupo de credores do banco, insatisfeitos, inclusive, com a concessão de largos descontos milionários a devedores com saúde financeira reconhecida no mercado. Há ainda tramitando na Justiça acusações sobre desmandos, irregularidades e descaso.

A Massa falida do Banco Santos já recebeu R$1,2 bilhões para pagar os credores que representam 40 % do total devido. a massa ainda tem a receber r$4,5 bilhões segundo contas do administrador judicial e teria a pagar cerca de R$ 1,8 bilhões. "O Vânio Aguiar não cumpre a legislação da Receita Federal que manda que apresente o balanço da Massa Falida. Ele não quer revelar que já foram dados descontos de 75% aos devedores e que representam R$2,1 bilhões", ressalta Cid Ferreira.

Ainda nos últimos dias o Administrador Judicial e o juiz da vara de Falência aceitaram receber R$17 mi de uma dívida de R$135 mi da empresa Via Engenharia S.A, antiga Via Dragados de acionistas espanhóis. Esse desconto não foi autorizado nem pelo comitê de credores nem pelo representante do Banco falido.

Antes, a defesa do ex-banqueiro já havia ingressado com pedido de perícia contábil para apurar o tamanho efetivo das contas do Banco. Embora a solicitação tenha sido deferida em 2007, até hoje não há decisão sobre o montante questionado.