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Para a OAB/AL, custódia de Fernandinho Beira-Mar no Estado é "presente de grego"

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Da Redação

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Atualizado às 08:41

 

Para a OAB/AL, custódia de Fernandinho Beira-Mar no Estado é "presente de grego"

 

A OAB/AL qualificou hoje como "um presente de grego às vésperas do Natal", a transferência para Maceió do traficante Luiz Fernando Costa, o Fernandinho Beira-Mar, depois de sua passagem por Florianópolis. "Alagoas foi brindada por esse presente de grego que gera angústia, insegurança e intranqüilidade à população", afirmou o presidente em exercício da OAB/AL, Everaldo Patriota. Segundo ele, a Superintendência da Polícia Federal local, responsável pela custódia do traficante, está totalmente desequipada para cumprir essa missão.

 

O Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas informou oficialmente à OAB, segundo ele, que seus próprios agentes, no desempenho do ofício, correm hoje risco de vida com a presença do traficante Beira-Mar. "Portanto, essa intranqüilidade gerada pela presença dela, que já está no inconsciente coletivo, chega a cores dramáticas quando o Sindicato dos Policiais Federais do Estado oficia a OAB informando que não tem efetivo suficiente para custodiar o traficante; o efetivo é aquele comum", disse.

 

"Além disso, o mesmo Sindicato nos informou que o detector de metais da entrada da porta principal da Superintendência da PF está desativado; o sistema de câmeras está totalmente avariado e a cerca elétrica também não está funcionando", relatou o presidente da OAB/AL. Segundo afirmou, "tudo isso cria um ambiente de vulnerabilidade e facilita um possível resgate, visto que a Superintendência não está adequada à custódia de elemento de tamanha periculosidade".

 

Everaldo Patriota lamentou ainda o fato de o Estado de Alagoas receber pela segunda vez Fernando Beira-Mar. "Temos 27 unidades da Federação e apenas cinco até agora receberam o traficante como preso e eu pergunto, então, se isso é justo num sistema federativo", ressaltou ele.

 

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Presente de grego

 

A expressão, que significa dádiva ou oferta que traz prejuízo ou aborrecimento a quem a recebe, surgiu em decorrência da Guerra de Tróia e do famoso Cavalo de Tróia.

 

De acordo com a lenda associada à conquista de Tróia pela Grécia, um grande cavalo de madeira foi abandonado junto às muralhas de Tróia. Construído de madeira e oco em seu interior, o cavalo abrigava alguns soldados gregos dentro de sua barriga. Deixado na porta da cidade pelos gregos, os Troianos acreditaram que ele seria um presente como sinal de rendição do exército. Após a morte de Lacoonte, um grego que atirou um dardo no cavalo, o presente entrou na cidade.

 

Durante a noite, os guerreiros deixaram o artefato, abriram os portões da cidade. O exército grego pôde assim entrar sem esforço em Tróia, tomar a fortaleza, destruí-la e incendiá-la.

 

O cavalo de Tróia teria sido uma invenção de Odisseu, o guerreiro mais sagaz da Ilíada e personagem da Odisséia) e construído por Epeu.

 

Apesar de ser parte da história da Guerra de Tróia, o cavalo de Tróia só é descrito em detalhes na Eneida, obra da literatura latina que conta a fundação de Roma.

 

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