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Apenas promessas

MST vai a Lula e só ouve promessas

Da Redação

quinta-feira, 3 de julho de 2003

Atualizado às 09:47

 

Apenas promessas

 

Após reunião que durou duas horas e meia, Lula repetiu promessas antigas para convencer os 29 membros da cúpula do MST a amenizar os discursos e deixar de lado as ações mais contundentes.

 

Não houve promessa de trégua. Segundo os sem-terra e o governo, o assunto não foi sequer discutido na reunião. Para ambos, os últimos conflitos foram casos isolados. ''Foram problemas localizados. Este governo não tutela movimento sociais'', disse o ministro Miguel Rosseto, do Desenvolvimento Agrário. Porém, ele condenou os saques realizados anteontem em Pernambuco. ''Não há justificativa para saques'', disparou.

 

Gilmar Mauro esclareceu que a liderança do movimento não deu ''orientação política'' para realização de saques. ''E nem dará. No entanto, quando há problema generalizado de fome, os trabalhadores têm direito fazer isso (saquear)'', justificou. Segundo Mauro, os incidentes de Pernambuco aconteceram porque havia apenas 2 mil cestas básicas para 16 mil famílias.

 

Ontem foi a primeira vez que governo e o MST sentaram à mesa. A conversa começou com descontração. Os sem-terra presentearam Lula com uma bola, um boné e uma cesta com produtos agrícolas dos assentamentos. Ao entregar o presente diante das câmeras, o líder sem-terra Ênio Bohenberger brincou. ''Temos de aproveitar esse momento para escalar o time da reforma agrária. Pela esquerda, o ministro do Desenvolvimento Agrário. Mas não sei se pelo aspecto político, pela direita, o ministro Antônio Palocci, da Fazenda'', disse.

 

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