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Ministro da Justiça recebe apelo para que PF investigue mortes de advogados em MS

Da Redação

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Atualizado às 08:53


Ministro da Justiça recebe apelo para que PF investigue mortes de advogados em MS


Os assassinatos de cinco advogados do Mato Grosso do Sul nos últimos meses serão examinados por um grupo de criminalistas do Ministério da Justiça, que estudará a possibilidade de os casos serem investigados pela Polícia Federal, como solicitaram ontem (25) representantes da OAB. A informação foi transmitida pelo ministro Márcio Thomaz Bastos durante audiência da qual participaram os presidentes em exercício do Conselho Federal da OAB, Aristoteles Atheniense; da Seccional da OAB de Mato Grosso do Sul, Geraldo Escobar; da Subseção de Dourados, Gervásio Scheid, além da conselheira federal da entidade no Estado, Elenice Carile, e do membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MS, Nilson Albuquerque.


Durante a reunião, no Ministério da Justiça, Geraldo Escobar fez a entrega ao ministro de um dossiê contendo a síntese de cada um dos cinco casos de advogados assassinados, além de outros quatro casos de mortes violentas cujas investigações não avançam. Há suspeitas de envolvimento de policiais militares nos crimes, descritos como "tipicamente de pistolagem". Diante disso, os representantes da OAB fizeram o apelo para que os assassinatos sejam apurados pela PF.


O ministro Márcio Thomas Bastos pediu um tempo para examinar a documentação, informando que a encaminhará à sua assessoria de advogados criminalistas, acrescentando que se pronunciará em breve sobre o pedido para que a Polícia Federal seja colocada nas investigações. Ele garantiu que tratará a questão com prioridade. Na ocasião, o presidente da OAB/MS enfatizou a preocupação da entidade com a falta de segurança que vive não só a advocacia, mas toda a sociedade sul mato-grossense diante dos crimes de pistolagem em série.


Durante a audiência, o presidente em exercício da OAB, Aristoteles Atheniense, entregou ao ministro ofício reiterando cobrança de providências também para a elucidação do assassinato do advogado cearense Lincoln Andrade Maia, ocorrido em Limoeiro do Norte, em novembro de 2005. Ele destacou que o crime "causou grande comoção na sociedade local e tanta indignação trouxe à advocacia cearense e à comunidade de Limoeiro do Norte".

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