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TSE

Gilmar Mendes critica "pretensos advogados" que atuam como lobistas

Ministro desaprovou a conversa entre Garotinho e seus advogados e defendeu a ministra Luciana Lóssio.

Da Redação

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Atualizado às 13:35

O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, deu uma "bronca" nos "pretensos advogados" que atuam como lobistas e defendeu a ministra Luciana Lóssio. "Exerçam a profissão com dignidade e com respeito às instituições!"

A declaração foi em sessão da Corte, na manhã desta quinta-feira, 24, durante julgamento em que se revogou a prisão preventiva do ex-governador do RJ Anthony Garotinho.

No último domingo, 20, o programa Fantástico, da TV Globo, divulgou conversa entre Garotinho e seus advogados, na qual o ex-governador orienta os causídicos a procurarem a ministra do TSE para tratar do HC.

Para o ministro, na conversa, fala-se de forma "cifrada" de uma questão que é totalmente transparente e de direitos de todos: o habeas corpus. Gilmar Mendes afirmou que, ao falar dessa forma, os causídicos não tratam com a devida seriedade o Judiciário e as instituições, uma vez que é de conhecimento público que a ministra Luciana, e outros ministros, recebem advogados em seus gabinetes.

Aproveitando a oportunidade, Luciana afirmou que recebeu, sim, o advogado de Garotinho, em cumprimento do seu dever. "Todos os advogados que militam nesse Superior Tribunal Eleitoral sabem da minha agenda. Portanto, essa venda de ilusão de um contato é absolutamente inadmissível."

Gilmar Mendes declarou ainda que advogados que atuam como lobistas "não contribuem para a advocacia e contribuem para denegrir a imagem do Judiciário". "São vendedores de ilusões que estão aí a engenhar, a articular."

"Era preciso fazer esse registro. O advogado precisa saber que esse tipo de ato compromete a Justiça [...] Não se enfraquece apenas o Judiciário. A nossa matéria prima, a nossa substância, é a nossa credibilidade. É preciso que o cidadão acredite nessa mística."

O presidente da Corte disse que vai procurar a OAB e as instituições de advocacia para tratar dessa questão e verificar esses casos. "As instituições precisam trabalhar isso em defesa do Judiciário."

"É preciso que os advogados, que fazem jus a esse nome, não se confundam com lobistas."

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