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Lava Jato

Advocacia pede força-tarefa para agilizar inquéritos da Lava Jato no Supremo

Entidades argumentam a necessidade de celeridade na análise e julgamento.

Da Redação

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Atualizado às 15:41

O Conselho Federal da OAB, o colégio de presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil e o Colégio de Presidentes dos Institutos dos Advogados do Brasil enviaram ofício à ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, pedindo a instalação urgente de uma força-tarefa para agilizar a instrução dos inquéritos e ações penais relacionadas à operação Lava Jato.

No pedido, entidades argumentam a necessidade de celeridade na análise e julgamento.

Confira abaixo a íntegra do ofício:

Excelentíssima Senhora Ministra Cármen Lúcia, MD. Presidente do Supremo Tribunal Federal

A excepcionalidade do momento pelo qual o Brasil atravessa causa enorme apreensão à sociedade brasileira com possíveis danos à imagem do País no processo de combate à corrupção e de busca de decência na política e na atuação do Estado.

Nesse contexto, a diretriz constitucional da duração razoável do processo é garantia que nunca pode ser neglicenciada sob pena das consequências nefastas e generalizadas da demora nas decisões e julgamentos.

É inegável a mácula contra àqueles que estão sob investigação em inquéritos, bem como os denunciados em ações penais, que se agiganta com o tempo.

Constam mais de 500 processos (inquéritos e ações penais) de competência originária em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal que podem avolumar-se como decorrência das investigações em curso, sendo fato incontroverso que sempre se constituem em questões complexas e volumosas.

Esse cenário impinge aos Ministros do Supremo Tribunal Federal uma intensidade de atuação incompatível com a atual estrutura.

Diante da impossibilidade de solução a curto prazo, que depende de debate e alteração legislativa, o Conselho Federal da OAB, o colégio de presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil e o Colégio de Presidentes dos Institutos dos Advogados do Brasil manifestam sua imensa preocupação com a prestação jurisdicional que deve contar com a ampla utilização do artigo 21-A do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, permitindo o auxílio de magistrados instrutores convocados, para que a Justiça se concretize para uma nação à espera da redenção.

Claudio Lamachia
Presidente Nacional da OAB

Homero Junger Mafra
Coordenador Nacional do Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB

José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro
Presidente do Colégio de Presidentes dos Institutos dos Advogados do Brasil

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