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Benefícios

Ex-juiz Wilson Witzel ensina truque para receber gratificação de acúmulo

Em nota, a assessoria do ex-juiz afirmou que Witzel não tem apego a privilégios.

Da Redação

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Atualizado às 10:58

"(...) Mas, se ele [juiz substituto] ficar, eu não recebo. Aí a gente fez uma engenharia... Todo mês, 15 dias por mês, o juiz substituto sai da vara."

A fala acima é de Wilson Witzel, ex-juiz Federal e candidato ao governo do RJ, ao explicar como faz para receber o benefício da gratificação de acúmulo. A fala, registrada em vídeo, ocorreu durante uma palestra a juízes do Trabalho.

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No vídeo, Witzel lista quais benefícios os juízes recebem: auxílio-moradia, alimentação e a gratificação de acúmulo. Sobre este último, o ex-juiz afirmou que é mais difícil receber o referido benefício na justiça do Trabalho, mas que na Justiça Federal "quase todos recebem a gratificação de acúmulo, que é de R$ 4 mil".

Witzel afirmou que recebe o benefício e explicou a "engenharia" para conseguir recebê-lo:

"Na Justiça Federal, praticamente todos os juízes recebem. A gratificação de acúmulo, que é de quatro mil reais. Eu recebo, expulsei o juiz substituto da minha Vara, disse "Ô, negão, ou você vai viajar lá pra ficar um ano fora, ou eu vou te expulsar da Vara". (Risos) Brincadeira, adoro meu juiz substituto. Mas, se ele ficar, eu não recebo. Aí a gente fez uma engenharia... Todo mês, 15 dias por mês, o juiz substituto sai da Vara. É uma reclamação grande, porque o juiz substituto também acha que o titular também tem que sair. Virou uma guerra essa gratificação de acúmulo, e são R$ 4 mil".

Assista ao vídeo:

Diante da repercussão, a assessoria de Witzel emitiu uma nota dizendo que o candidato disse que não tem apego a privilégios e que perdeu aposentadoria ao pedir exoneração para se candidatar:

"Todos os auxílios a que magistrados têm direito estão previstos na lei orgânica da magistratura. O candidato, que é ex-juiz, defende que o congresso nacional discuta com a população as alterações na lei. Caso tivesse apego a privilégios, Wilson Witzel não teria deixado de ser juiz, uma função pública e com aposentadoria garantida (e que ele perdeu ao pedir exoneração), para ser candidato a governador e se colocar à disposição da população do rio para solucionar os graves problemas que o estado enfrenta".

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