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Dificultar as atividades da imprensa fortalece a propagação de fake news

Confira texto de Cheuri Prade.

Da Redação

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Atualizado às 09:20

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Uma reportagem de 31/8 do programa RJ2 da TV Globo expôs um esquema da prefeitura do Rio de Janeiro para evitar que a população denunciasse problemas relacionados à área da saúde. Um grupo formado por funcionários públicos realizava plantões em frente aos hospitais municipais para impedir a comunicação entre imprensa e pacientes.

De acordo com a reportagem, o grupo cumpria uma rígida escala de horários para impedir que profissionais de imprensa produzissem conteúdo jornalístico apontando as mazelas do sistema de saúde municipal.

Organizados através de um grupo de WhatsApp chamado "Guardiões de Crivella", os componentes trocavam mensagens, faziam monitoramento de atividades e estruturavam esquemas para coagir e melindrar pacientes e jornalistas.

O prefeito Marcelo Crivella rebateu a denúncia e classificou a reportagem como fake news. O MP-RJ instaurou um procedimento preparatório criminal para investigar a possível prática de crimes que teriam sido cometidas pelo prefeito ao manter o serviço ilegal utilizando recursos públicos.

Liberdade de Imprensa e Fake News

O Artigo 220 da Constituição Federal garante a liberdade de imprensa, definida como a capacidade de um indivíduo publicar e dispor de acesso à informação, através de meios de comunicação em massa sem a interferência do Estado.

Infelizmente, é comum que governantes tentem dificultar o trabalho da imprensa, seja através da falta de fornecimento de dados ou tentativa de influenciar a opinião pública contra determinados veículos que sejam críticos à sua gestão.

Diversos são os exemplos recentes, nas mais variadas instâncias, de situações que mandatários trataram críticas e notícias desfavoráveis como Fake News. E ao invés de apresentarem o contraditório, inflamam seus seguidores a atacar jornalistas e empresas predominantemente através dos meios digitais.

Essa atuação deteriora o estado democrático de direito, pois dificulta que a população tenha acesso às informações necessárias para formular o seu senso crítico. E pior, fortalece grupos que utilizam os meios digitais para propagar informações falsas.

Quais são os desafios da democracia e cidadania para alcançar o pluralismo diante da dificuldade de consensos nos meios digitais?

No curso Fake News e Cidadania na Era Digital da LEPHS, os professores Diogo Rais e Irene Nohara explicam como é possível exercer a democracia de maneira representativa nos tempos atuais, inclusive identificando as bolhas de informação e discutindo as melhores maneiras de combate às fake news e pós-verdade na era digital.

Consolidando as definições sobre termos recentes como cibercultura, ciberdemocracia e cibertransparência é possível ter uma ideia mais clara sobre como exercer a cidadania em tempos que a desinformação está presente em nosso convívio cotidiano com as redes sociais e a internet.

Conheça aqui o conteúdo completo deste curso que é uma importante ferramenta para formação de uma sociedade mais plural e democrática.

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