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Recuperação judicial

Credores aprovam plano de recuperação judicial do Grupo Moreno

Documento será encaminhado para homologação da Justiça.

Da Redação

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Atualizado às 17:59

Credores do Grupo Moreno aprovaram o plano de recuperação judicial das empresas do grupo, que agora será enviado para homologação da Justiça. O plano prevê o pagamento de R$ 1 bilhão aos credores concursais e extraconcursais.

 (Imagem: Freepik)

(Imagem: Freepik)

O plano foi aprovado por 97,66% dos credores trabalhistas, 100% dos credores com garantia real, mais de 95% dos credores quirografários e mais de 83% dos credores micro e pequenas empresas.

A advogada Fabiana Solano, sócia das áreas de Contencioso e Arbitragem, Recuperação Judicial, Insolvência e Reestruturação, do Felsberg Advogados, explicou que a proposta aprovada prevê o pagamento de R$ 1 bilhão aos credores.

"A proposta aprovada pelos credores prevê o pagamento de R$ 900 milhões em até 24 meses, acrescido de mais R$100 milhões, nos doze meses seguintes, compondo assim um pagamento total de R$1 bilhão aos credores concursais e extraconcursais em até 3 anos."

Segundo a advogada, para fazer frente ao pagamento desses valores, o Grupo Moreno poderá se valer de novas captações de recursos, alienar participação societária e outros ativos, ou deverá ainda vender até duas de suas usinas no prazo de até 24 meses para quitação das dívidas.

"A maior parte dos débitos é composta por credores bancários que juntos concentram aproximadamente R$ 1,8 bilhão. O restante está dividido em credores trabalhistas (aproximadamente R$ 21 milhões), quirografários - credores que não desfrutam de nenhuma preferência ou possuem garantias de pagamento da dívida (cerca de R$ 200 milhões), e ME/EPP - Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte (cerca de R$ 15 milhões)."

Pedido

O Grupo Moreno, formado pelas empresas CEM, CEMMA, Coplasa, AMLA, AMN e Planalto Bioenergia Spe Ltda., teve pedido de recuperação judicial aprovado em setembro de 2019. O plano foi apresentado nos autos em novembro do mesmo ano e vem sendo negociado com os credores desde então.

As dívidas da empresa giram em torno de R$ 2,3 bilhão. O grupo tem capacidade de moagem de 13 milhões de toneladas de cana e é um dos maiores do Estado de São Paulo. Somente três unidades (CEM, CEMMA e COPLASA) geram aproximadamente 10 mil postos de trabalhos diretos e indiretos na safra e são localizadas nas regiões de São José do Rio Preto e Ribeirão Preto.

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