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Encontro do Judiciário

Fux ressalta Lava Jato e elogia Moro: "Não podemos deixar de reconhecer"

A declaração foi feita durante o XIV Encontro Nacional do Poder Judiciário, na manhã desta quinta-feira, 26, na sede do CNJ.

Da Redação

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Atualizado às 17:17

O ministro Luiz Fux, presidente do CNJ e do STF, ressaltou a operação Lava Jato ao falar sobre o combate à corrupção. Fux disse que o flagelo da corrupção rebaixou o Brasil de posição, "principalmente depois que vieram à lume todos esses detalhes minuciosos da operação Lava Jato".

O ministro ainda destacou a atuação de Sério Moro como juiz da operação. A declaração foi feita durante o XIV Encontro Nacional do Poder Judiciário, na manhã desta quinta-feira, 26, na sede do CNJ.

 (Imagem: Ubirajara Machado/CNJ)

(Imagem: Ubirajara Machado/CNJ)

O ministro ressaltou que a Lava Jato revelou não apenas o financiamento de campanha mediante contrapartida, como também evidenciou a prática de atos de ofício que favoreciam determinados segmentos. "E todo o ato do poder público deve estar revestido de moralidade, que é princípio da Constituição Federal", completou.

Ao explicar como ocorreu a operação e que leva esse nome porque eram dinheiros ilícitos lavados num posto de gasolina, o ministro ressaltou a atuação do ex-ministro Sério Moro à frente da Lava Jato.

"Teve um grande brasileiro que capitaneou isso, que não podemos deixar de reconhecer, que foi o juiz Sergio Moro, um componente da nossa categoria do Judiciário."

O ministro exaltou o esforço do país em solucionar essa questão histórica e cultural e disse que o Brasil, hoje, tem toda uma postura ideológica e jurídica e um sistema capaz de conjurar a corrupção e fazer com que retorne a ser considerado uma das maiores economias do mundo.

A sociedade tem papel de grande relevância na modificação desse paradigma, afirmou o ministro.

Fux destacou, ainda, ranking elaborado pelo Banco Mundial que classifica os países onde não se combate a corrupção, que acabam alijados dos investimentos estrangeiros.

"É por amor ao país que temos de fazer isso tudo, sem prejuízo do nosso dever de ofício de conjurar os magistrados e membros do Ministério Público às práticas criminosas."

O ministro ressaltou o que tem sido feito no âmbito do CNJ em relação ao tema: "Com toda modéstia, estamos lançando programas progressistas éticos que vão ajudar o Brasil no meio ambiente, na defesa dos direitos humanos, na introjeção à era digital e no combate à corrupção."

S. Exa. elencou que o país tem meios para tornar cada vez mais eficiente o combate à corrupção, como o endurecimento das leis no plano da coerção e da reparação dos danos, o reforço à independência dos órgãos de investigação, uma imprensa investigativa e livre, "e, acima de tudo, amar o Brasil."

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