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"Operação Furacão" - PF prende ex- vice-presidente do TRF da 2ª Região e outros envolvidos

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Da Redação

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Atualizado às 09:52


"Operação Furacão"

PF prende envolvidos com lavagem de dinheiro, entre eles o ex- vice-presidente do TRF da 2ª Região, desembargador José Eduardo Carreira Alvim

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, 13 de abril, a Operação Hurricane, nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, e no Distrito Federal. O objetivo é desarticular uma organização criminosa que atuava na exploração do jogo ilegal e cometia crimes contra a administração pública. Entre os presos está o ex-vice-presidente do TRF da 2ª Região, José Eduardo Carreira Alvim, e outros integrantes do Poder Judiciário.

Vários sites de notícias, em suas primeiras divulgações sobre o ocorrido, divulgaram que José Eduardo Carreira Alvim era o vice-presidente do Tribunal. No entanto, ontem, em uma solenidade realizada no Plenário do TRF da 2ª Região, tomaram posse os novos dirigentes da Corte para o biênio 2007/2009, entre eles o novo vice-presidente Fernando Marques.

Hoje pela manhã, na página do TRF da 2ª Região, ainda constava a foto e o currículo de José Eduardo Carreira Alvim na vice-presidência. Após a Operação, as alterações foram realizadas.

Veja abaixo as matérias publicadas em diversos portais sobre o assunto e também nota da PF.

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  • Terra Magazine

PF prende desembargadores e vice-presidente do Tribunal Federal do Rio, além dos bicheiros Anísio Abraão David, Capitão Guimarães e Turcão

A Polícia Federal, com um contingente de 300 homens, realiza nesta manhã, no Rio de Janeiro, a "Operação Furacão", para deter envolvidos na lavagem de dinheiro por meio de controladores de jogos como bingos e caça-níqueis.

Entre os presos, o vice-presidente do TRF da 2ª Região, desembargador José Eduardo Carreira Alvim, e outros integrantes do Poder Judiciário, acusados de envolvimento e conexões com o esquema. Além deste magistrado, estão sendo buscados para detenção, neste momento, outros juízes do mesmo tribunal.

Também foram detidos os conhecidos contraventores Anísio Abraão David, ex-presidente da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, Capitão Guimarães, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, e Antônio Petrus Kalil, de apelido Turcão, apontado pela polícia como um dos mais influentes bicheiros do Rio. Há mais contraventores envolvidos. Abraõ David e capitão Guimatães são formalmente chamados de "ex-contraventores". Há mais operadores desta mesma modalidade de crime envolvidos.

O bicheiro Aílton Guimarães (terno cinza), conhecido como "Capitão Guimarães", chega à sede da Polícia Federal do Rio

Os detidos até o momento são cerca de 20. Na base aérea, um avião da Polícia Federal aguarda. Depois de levados para a PF, os presos deverão ser encaminhados para Brasília. Policiais federais também estão entre os aprisionados. Das 3 centenas de policiais que participam da Operação Furacão, boa parte deles foi trazida do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

José Eduardo Carreira Alvim

O desembargador José Eduardo Carreira Alvim já atuou como professor em diversas instituições de ensino do Direito e como diretor-geral da Escola de Magistratura Federal - Emarf.

Ele é bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Como jurista, Carreira Alvim integrou a Comissão de Reforma do Código de Processo Civil. Ele é Coordenador do Curso de Mestrado em Direito da Universidade Iguaçu - UNIG e Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sendo também o coordenador acadêmico do Instituto de Pesquisa e Estudos Jurídicos - IPEJ/RJ. O desembargador é membro permanente do Instituto Brasileiro de Direito Processual - IBDP.

É autor de diversos livros, como "Comentário à Lei dos Juizados Especiais Federais", lançado em parceria com sua filha Luciana Gontijo Carreira Alvim.

Durante o processo eleitoral novos dirigentes do Tribunal Federal Regional da 2.ª região, do qual é vice-presidente, Alvim - com 14 anos de tribunal - bateu boca com concorrentes na eleição. Ele disse ter sido vítima de escuta ambiental e grampos telefônicos.

Em junho de 2006, o desembargador determinou a liberação de 900 máquinas caça-níqueis recolhidas de casas de bingos em Niterói. Um pedido de liminar para o mesmo caso já tinha sido negado pelo relator, desembargador Sérgio Feltrin. Mas a decisão de Alvim acabou suspensa pelo presidente do Tribunal, Frederico Gueiros.

Esta é a primeira vez na História do Brasil em que, não por um crime comum, mas sim por acusação de envolvimento com o crime organizado, é preso um desembargador federal.

Preso procurador regional da República

Acaba de ser detido, na mesma "Operação Furacão", o procurador regional da República do Rio de Janeiro, João Sérgio Pereira. Ele foi preso na Bahia. Foi detido também, dentre os policiais federais, o delegado Carlos Pereira - diretor da Polícia Federal em Niterói.

  • G1 - Globo

Polícia Federal prende vice-presidente do Tribunal Regional Federal

A assessoria da Polícia Federal confirmou as prisões do vice-presidente do Tribunal Regional Federal desembargador José Eduardo Carreira, do delegado da PF de Niterói, Carlos Pereira, além do ex-presidente da escola de samba Beija-Flor, Aniz Abraão David, conhecido como Anísio, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba Aílton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães, e Antonio Petrus Kalil, o Turcão. Ao todo foram cumpridos 25 mandados de prisão.

As prisões foram efetuadas durante a Operação Hurricane da Polícia Federal que acontece nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, e no Distrito Federal. De acordo com a PF, os suspeitos seriam chefes de grupos ligados a jogos ilegais, empresários, advogados, policiais civis e federais, magistrados e um integrante do Ministério Público Federal.

O objetivo é desarticular uma organização criminosa que atuava na exploração do jogo ilegal e cometia crimes contra a administração pública.

Foram cumpridos também 70 mandados de busca e apreensão.

Os presos serão transferidos para Brasília onde serão interrogados e permanecerão à disposição da Justiça. O material apreendido será analisado na Diretoria de Inteligência Policial.

  • Último Segundo

PF prende vice-presidente do TRF-RJ em operação contra lavagem de dinheiro

A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira, o vice-presidente do Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro, o desembargador José Eduardo Carreira Alvim e mais 19 pessoas em quatro Estados pela Operação Hurricane, deflagrada nesta manhã. As prisões foram realizadas no Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo e Distrito Federal. O TRF não se pronuncia sobre o caso.

Cerca de 300 agentes da PF participam da operação que tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava na exploração do jogo ilegal e cometia crimes contra a administração pública.

Ao todo serão cumpridos 25 mandados de prisão e 70 de busca e apreensão contra empresários, chefes de grupos ligados a jogos ilegais, empresários, advogados e policiais civis e federais.

Os presos serão transferidos para Brasília (DF), onde serão interrogados e permanecerão à disposição da Justiça.

Investigações

As investigações tiveram início com a identificação de uma organização criminosa especializada e estruturada para a prática de múltiplos crimes, incluindo exploração de jogos ilegais, corrupção de agentes públicos, tráfico de influências e receptação.

  • O Globo on-line

Vice-presidente do TRF e bicheiros são presos pela Polícia Federal

RIO - O vice-presidente do 2º Tribunal Regional Federal (TRF), desembargador José Eduardo Carreira Alvim, e outros integrantes do Poder Judiciário foram presos nesta sexta-feira numa operação da Polícia Federal contra acusados de lavagem de dinheiro e exploração de bingo, máquinas de caça-níqueis e jogo do bicho. Foram detidas 20 pessoas. Entre elas estariam os bicheiros Capitão Guimarães, presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, e Anísio Abraão David, presidente de honra da Beija-Flor, escola campeã do carnaval do Rio. Anísio teria sido preso em casa, uma cobertura na Avenida Atlântica, em Copacabana. A operação da PF, executada nesta sexta, foi batizada de Hurricane (furacão, em inglês). Segundo a Rádio CBN, o delegado da PF de Niterói, Carlos Pereira, também estaria entre os detidos.

Os presos serão levados para Brasília em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Às 11h, a PF dará uma entrevista coletiva dando mais detalhes da Operação Furacão. Participam da ação cerca de 300 agentes da Polícia Federal de vários estados: Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

PF cumpre 70 mandados de busca e apreensão

Em nota oficial, a Polícia Federal explica a operação desta sexta-feira. Na nota a PF informa que deflagrou a Operação Hurricane nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia e no Distrito Federal. Segundo a nota, o objetivo é "desarticular uma organização criminosa que atuava na exploração do jogo ilegal e cometia crimes contra a administração pública".

Ainda de acordo com a nota, foram cumpridos 70 mandados de busca e apreensão e 25 mandados de prisão contra chefes de grupos ligados a jogos ilegais, empresários, advogados, policiais civis e federais, magistrados e um membro do Ministério Público Federal.

O trabalho policial que resultou na Operação Hurricane teve início com a identificação de uma organização criminosa especializada e estruturada para a prática de múltiplos crimes, incluindo exploração de jogos ilegais, corrupção de agentes públicos, tráfico de influências e receptação.

  • Nota da PF

NOTA - OPERAÇÃO HURRICANE

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, 13 de abril, a Operação Hurricane, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, e no Distrito Federal. O objetivo é desarticular uma organização criminosa que atuava na exploração do jogo ilegal e cometia crimes contra a administração pública.

Foram cumpridos 70 Mandados de Busca e Apreensão e 25 Mandados de Prisão contra chefes de grupos ligados a jogos ilegais, empresários, advogados, policiais civis e federais, magistrados e um membro do Ministério Público Federal.

Os presos serão transferidos para Brasília/DF, onde serão interrogados e permanecerão à disposição da Justiça. O material apreendido será analisado na Diretoria de Inteligência Policial com o objetivo de complementar os trabalhos de investigação.

HISTÓRICO

O trabalho policial que resultou na Operação Hurricane teve início com a identificação de uma organização criminosa especializada e estruturada para a prática de múltiplos crimes, incluindo exploração de jogos ilegais, corrupção de agentes públicos, tráfico de influências e receptação. Foi apurado durante a investigação o envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro, o que implicou no encaminhamento de Relatório de Inteligência Policial ao Supremo Tribunal Federal, que resultou no Inquérito nº 2424/2006 - STF, presidido pelo Ministro Relator Cézar Peluso. O inquérito embasou a manifestação do Procurador-Geral da República Dr. Antônio Fernando de Souza, que culminou na expedição das buscas e prisões cumpridas na data de hoje.

LOGÍSTICA

Para realizar a operação a PF recrutou 400 policias federais, ente eles todos os policiais lotados na Diretoria de Inteligência (incluindo seu diretor), policiais do Comando de Operações Táticas e de diversos estados do Brasil. Os policiais do Comando de Operações Táticas utilizaram seus conhecimentos em tomada de aparelhos para cumprir os mandados de busca nas "fortalezas" do jogo do bicho. Aos policiais lotados na Coordenação de Aviação Operacional coube realizar o transporte dos agentes e de todo equipamento necessário. Desde ontem um jato EMB-145 permanece baseado no Rio de Janeiro à disposição da Diretoria de Inteligência Policial para o transporte dos presos.

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Fonte: Terra Magazine, G1 Globo, Último Segundo, O Globo on-line, PF.

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