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OAB/RJ exige rigor na investigação sobre crime contra auditor da CAARJ

Da Redação

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Atualizado às 09:30


Apuração do caso

Crime contra auditor da CAARJ será investigado com rigor

O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, afirmou que a Seccional e a CAARJ acompanharão de perto as investigações sobre a tentativa de homicídio sofrida por Eduardo Falcão, que atualmente presta serviços de auditoria médica para a Caixa.

Segundo Wadih, a auditoria feita na CAARJ ainda está em andamento, mas já houve revisão e rescisão de contratos, alguns deles de altos valores, por recomendação dos auditores. Eduardo integra a equipe que, desde o início do ano, quando a nova diretoria tomou posse, vem promovendo o saneamento da instituição.

Wadih já telefonou para o governador do Estado, Sérgio Cabral, no sentido de solicitar todo o rigor na apuração do caso e adiantou que, ainda que seja confirmada alguma relação do crime com as funções desenvolvidas por Eduardo na CAARJ, o trabalho prosseguirá.

O presidente da OAB/RJ revelou que, ao assumir a entidade, a atual diretoria encontrou um quadro caótico de má administração. Há cerca de dois anos, por exemplo, houve um furto nos arquivos da Caixa, no qual uma grande quantidade de documentos, a maioria da área médica, foi levada. O furto foi inclusive objeto do inquérito nº 273/038/2005, registrado na 38º Delegacia de Polícia.

Eduardo levou seis tiros na manhã de terça-feira passada, logo após sair de sua residência, na Rua Maria Eugênia, no Humaitá. Segundo testemunhas, ele se preparava para entrar em seu carro - um Fiat Palio - quando um homem o chamou pelo nome e fez os disparos. Além do autor dos tiros, os relatos dão conta de que havia outros suspeitos, que estariam nas imediações desde as 7h.

O médico foi socorrido por pessoas que passavam pelo local e, de acordo um dos bombeiros que o assistiu, chegou a pedir que ligassem para o presidente da CAARJ e avisar que havia sofrido um atentado. Depois de ser atendido no Hospital Miguel Couto, ele foi transferido para o Hospital Marcílio Dias, da Marinha, por questão de segurança. Wadih salientou que a Seccional e a Caixa estão emprestando apoio integral à família da vítima.

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  • Leia mais

O Globo - 23/5

Tiros contra médico no Humaitá podem ter ligação com trabalho de auditoria

A polícia investiga se a tentativa de homicídio sofrida pelo médico Eduardo Falcão Pinto, de 53 anos, baleado na manhã de terça-feira na Rua Maria Eugênia, no Humaitá, tem a ver com o trabalho de auditoria realizado por ele na Caixa de Assistência dos Advogados do Rio de Janeiro -Caarj, que recentemente rescindiu contratos com prestadores de serviços.

Um tenente dos bombeiros e uma testemunha disseram que, ao ser socorrido, o médico contou que os criminosos pretendiam executá-lo.

A Caarj é responsável por prestar serviços médicos a advogados no Rio. Falcão foi contratado em janeiro pela nova diretoria para fazer a auditoria. O objetivo era rever contratos, analisar despesas com clínicas, hospitais e médicos credenciados, para reequilibrar as contas deixadas pela última administração. Segundo o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, foi encontrada uma série de falhas administrativas e irregularidades.

Dois homens num Honda Civic foram responsáveis pelos seis tiros que atingiram o médico no tórax. Os criminosos deixaram o local sem nada levar da vítima. Segundo moradores, os homens aguardavam o médico. Um deles o chamou pelo nome e efetuou os disparos. Uma moradora levou a vítima até o quartel dos bombeiros no Humaitá. De lá, Falcão foi transferido para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, onde passou por uma cirurgia. Até o início da noite, seu quadro de saúde era estável.

Segundo a polícia, Falcão também trabalha no Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins Vasconcelos. O sogro do médico, o almirante da Marinha aposentado Orlando Affonso, negou que a família estivesse recebendo ameaças e disse acreditar numa tentativa de assalto.

A diretoria da Caarj não informou quais contratos foram rescindidos e preferiu não se manifestar. De acordo com a assessoria da entidade, a diretoria não foi informada de qualquer ameaça ao médico. A situação crítica da Caarj foi um dos principais temas discutidos nas eleições para a OAB no fim do ano passado. Os altos preços cobrados dos associados e a baixa qualidade dos serviços prestados foram questionados na campanha.

Eduardo Falcão Pinto foi transferido na madrugada desta quarta para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, onde também trabalha. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, o médico foi operado durante duas horas e não corre risco de morrer.

O Dia - 23/5

Emboscada a médico na Zona Sul

Rio - Uma tentativa de vingança é a principal linha de investigação da 10ª DP (Botafogo) para o atentado ao cardiologista Eduardo Falcão Pinto, 53 anos, na manhã de ontem, na Rua Maria Eugênia, Humaitá. O médico foi baleado a menos de cem metros de casa. Ele iria entrar no carro, parado em frente ao prédio número 90, quando foi chamado pelo nome. Ao virar-se, foi surpreendido por vários tiros de pistola 380. Os bandido que fez os disparos saiu do carona de Honda Civic branco.

Moradores disseram que dois homens numa motocicleta deram cobertura à ação. Pelo menos cinco tiros atingiram o médico na mão e ombro direitos e no tórax.

"Ele colocou a mão no peito e gritou por socorro. A roupa estava toda ensangüentada. A filha vinha atrás e gritou que era seu pai", comentou um porteiro que assistiu ao crime.

O médico foi levado por uma motorista para o quartel do Corpo de Bombeiros do Humaitá e removido para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, onde foi operado. Na ambulância, ele afirmou a um oficial que tinha sido vítima de execução e não de assalto. Duas cápsulas foram retiradas de seu corpo na cirurgia. Internado no CTI, seu quadro clínico é grave, mas estável.

Eduardo foi contratado há pouco mais de um mês para fazer auditoria nos contratos médicos firmados pela Caixa de Assistência dos Advogados do Rio de Janeiro - Caarj, o plano de saúde da OAB. A polícia tem denúncias de que a vítima teria descoberto um rombo nos contratos.

ROTINA CONHECIDA

O cardiologista também trabalha na UTI do Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins, atende em consultório particular em Copacabana e em dois hospitais em Engenheiro Paulo de Frontin.

Segundo o delegado da 10ª DP (Botafogo), Eduardo Batista, os bandidos conheciam a rotina do médico, sabiam que ele costumava estacionar seu carro na rua e tinham conhecimento do horário de saída para o trabalho. A ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio. Apesar das suspeitas da polícia de assassinato, familiares de Eduardo preferiram não polemizar. "Não temos muito detalhes, mas acreditamos que seja uma tentativa de assalto", comentou o sogro da vítima, o almirante da Marinha Orlando Affonso, 82 anos.

Presidente da OAB/RJ, Wadih Damous designou conselheira para acompanhar o inquérito policial. "Não sei se o suposto atentado se traduz num aviso para que a auditoria não continue. Semana passada, a Caarj recebeu relatório contábil que apontou falhas da administração anterior, mas esse documento não foi feito pela equipe de Eduardo. Estamos preocupados e vamos cobrar rigor nas investigações", disse Damous.

FITAS DE VÍDEO VÃO AJUDAR NA INVESTIGAÇÃO

Fitas de duas câmeras do sistema de vigilância de um prédio podem ajudar a polícia a identificar os atiradores e o veículo usado pelo bando. As cenas vão ser analisadas hoje pelo delegado Eduardo Batista e, depois, encaminhadas para perícia no Instituto de Criminalística Carlos Éboli - ICCE, onde vão passar por uma perícia.

Na noite de ontem, parentes do médico Eduardo Falcão Pinto foram ouvidos. Apontado por moradores como homem tranqüilo, o cardiologista teria outras experiências em auditoria.

A Caarj informou que relatório sobre contas são feitos em mudanças de gestão e que o médico não havia comunicado nenhum relato de ameaças à instituição e colegas.

Correio do Brasil - 23/5

Polícia diz que médico baleado no Humaitá foi queima-de-arquivo

É grave o estado de saúde do médico Eduardo Falcão Pinto, 53 anos, baleado na manhã da última terça-feira na Rua Maria Eugênia, no Humaitá, Zona Sul do Rio, internado no Hospital Marcílio Dias.

Policiais da 10ª DP (Botafogo) descartaram a hipótese de assalto, e confirmaram nesta quarta-feira que o médico sofreu uma tentativa de homicídio.

Eduardo Falcão cancelou contratos de prestadores de serviço da Caixa de Assistência dos Advogados do Rio de Janeiro - Caarj, onde fazia uma auditoria, depois de constatar irregularidades nos documentos.

Falcão foi contratado em janeiro pela nova diretoria da Caarj para fazer a auditoria. O objetivo era rever contratos, analisar despesas com clínicas, hospitais e médicos credenciados, para reequilibrar as contas deixadas pela última administração.

O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, confirmou aos policiais encontrada uma série de falhas administrativas e irregularidades. Dois homens num Honda Civic foram vistos por testemunhas como os responsáveis pelos seis tiros que atingiram o médico.

Os criminosos deixaram o local sem nada levar da vítima. O médico está internado em estado de coma. A diretoria da Caarj não informou quais contratos foram rescindidos e preferiu não se manifestar. A situação crítica da Caarj foi um dos principais temas discutidos nas eleições para a OAB no fim do ano passado.

Os altos preços cobrados dos associados e a baixa qualidade dos serviços prestados foram questionados na campanha.

JB - 23/5

Médico sofre atentado no Humaitá

O auditor médico da Caixa de Assistência dos Advogados do Rio -Caarj, Eduardo Falcão Pinto, foi atingido por seis tiros na manhã de ontem quando saía do carro na Rua Maria Eugênia, no Humaitá, Zona Sul. Médico também do Hospital Naval Marcílio Dias, da Marinha, Eduardo era responsável pela fiscalização de gastos e contratos do plano de saúde da Caarj. Logo depois de ser baleado, quando era socorrido por bombeiros do quartel da Rua Humaitá, a poucos metros do local, uma testemunha ouviu o médico ferido dizer que o crime se tratava de tentativa de execução.

De acordo com a testemunha, que estava a trabalho próximo ao local do crime, Eduardo, consciente apesar dos tiros no tórax e abdome, pedia aos bombeiros que retirassem do bolso da calça uma carteira da Caarj com o telefone do presidente da entidade, Duval Vianna.

Segundo a testemunha, que estava acompanhada dos bombeiros, Eduardo, 53 anos, dizia : "Liga para a Caarj para avisar ao presidente. Diz que foi atentado. Não acredito que esse cara atirou em mim. Não posso morrer de uma forma babaca dessas".

Pelo menos dois homens em um Honda Civic desceram do carro, por volta de 9h, e chamaram Eduardo pelo nome quando o médico saía em seu Palio vinho, em frente ao número 90. Porteiros de prédios vizinhos ouviram os disparos e contaram que Eduardo gritava por socorro. Baleado, foi atendido por uma mulher que passava de carro e um mecânico de automóveis que trabalhava na rua.

O auditor da Caarj foi levado então para o quartel do Humaitá, onde recebeu os primeiros-socorros, para depois ser transferido para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. No fim da manhã, o médico foi submetido a uma cirurgia de emergência. O quadro de saúde de Eduardo é estável, mas sem previsão de alta no Centro de Terapia Intensiva.

No Miguel Couto, parentes e amigos, além do presidente da Caarj, aguardavam notícias sobre a cirurgia. O sogro de Eduardo, o almirante aposentado Orlando Afonso, 82 anos, tinha poucas informações sobre o crime e apenas respondeu que nenhuma hipótese pode ser descartada, mas acreditava em tentativa de assalto:

- Viver no Rio hoje é muito perigoso, mas nenhuma hipótese é descartável.

O delegado-adjunto da 10ª DP (Botafogo), Carlos Abreu, informou que a hipótese mais provável é de execução, mas ainda não é possível descartar uma tentativa de assalto. Policiais civis ouvirão testemunhas nos próximos dias.

24/5

Polícia suspeita de execução

 

O médico Eduardo Falcão Pinto, ferido terça-feira por seis tiros na Rua Maria Eugênia, no Humaitá, havia recomendado no mesmo mês a rescisão de quatro contratos de fornecedores da Caixa de Assistência dos Advogados do Rio - Caarj. Cada negócio custava à entidade, repleta de dívidas, cerca de R$ 1 milhão por mês. De acordo com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio, Wadih Damous, a função de Eduardo na Caarj - subordinada à OAB/RJ - é coordenar uma auditoria no plano de saúde da instituição, com sugestões de cortes de despesas e cancelamento de contratos. Logo depois ser atingido pelos disparos, o médico disse a testemunhas que havia sido vítima de tentativa de execução.

 

Eduardo, que foi ferido quando saía de seu Palio por volta das 9h, foi transferido na madrugada de ontem para a Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins, onde também é clínico-geral. Depois de passar por cirurgia no Hospital Miguel Couto, o auditor da Caarj permanece em estado grave, porém estável.

 

O presidente da OAB/RJ preferiu não revelar ontem o nome das empresas citadas por Eduardo. Mas contou que os contratos são principalmente de fornecedores de próteses e órteses.

 

- Tudo indica que o crime foi um atentado, mas só a investigação policial vai responder, ou o Eduardo, quando se recuperar - disse Damous. - Se foi um atentado para impedir o saneamento das contas da Caarj, tratou-se de um ato inútil.

 

Segundo Damous, o presidente da Caarj, Duval Vianna, encontrou-se com Eduardo dois dias antes do crime, mas não recebeu queixas do médico de que havia sofrido ameças. Vianna assumiu a Caarj em janeiro, quando também tomou posse o atual presidente da OAB/RJ. Vianna contratou o médico, com experiência em auditorias para outros planos de saúde, há cerca de um mês.

 

O delegado que assumiu as investigações sobre o caso, Eduardo Joaquim Batista Filho, deve ouvir hoje um depoimento-chave para avançar nas pistas de que o crime foi encomendado. O delegado titular da 10ª DP (Botafogo) analisou ontem duas gravações de vídeo feitas por câmeras de um prédio na rua do crime. As imagens, no entanto, só identificaram o carro usado pelo atirador: um Renault Scénic claro. A placa do veículo não pôde ser vista. Hoje, outras imagens serão analisadas. Duas testemunhas que socorreram o médico já foram ouvidas.

 

- Não há como investigar outra linha senão a de que houve tentativa de execução - respondeu o delegado. - Ainda não identificamos o autor dos disparos, mas a forma como o crime ocorreu não condiz com um assalto.

 

Batista Filho comentou, no entanto, que o atirador demonstrou pouca prática como matador de aluguel. O delegado explica que nenhum dos disparos atingiu a cabeça do médico, o que seria o habitual em uma execução. Dos seis tiros, um atingiu uma das mãos, outro perfurou o ombro e os outros quatro feriram o tórax e o abdômen do auditor da Caarj.

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