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PSOL apresenta aditamento à representação contra Renan para investigar caso Schincariol

O PSOL apresentou na noite desta ontem ao Conselho de Ética um pedido de aditamento à representação para verificação da quebra de decoro parlamentar por parte do presidente do Senado, Renan Calheiros - PMDB/AL. O PSOL, autor da representação inicial, quer incluir no processo a investigação das denúncias de que o senador Renan teria atuado para beneficiar a cervejaria Schincariol em Alagoas, após a empresa ter adquirido uma fábrica de seu irmão, deputado Olavo Calheiros - PMDB/AL.

Da Redação

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Atualizado às 08:57


Conselho de Ética

PSOL apresenta aditamento à representação contra Renan para investigar caso Schincariol

O PSOL apresentou na noite desta ontem ao Conselho de Ética um pedido de aditamento à representação para verificação da quebra de decoro parlamentar por parte do presidente do Senado, Renan Calheiros - PMDB/AL. O PSOL, autor da representação inicial, quer incluir no processo a investigação das denúncias de que o senador Renan teria atuado para beneficiar a cervejaria Schincariol em Alagoas, após a empresa ter adquirido uma fábrica de seu irmão, deputado Olavo Calheiros - PMDB/AL.

Segundo a presidente do partido, ex-senadora Heloísa Helena, o presidente do conselho, senador Leomar Quintanilha - PMDB/TO se comprometeu a responder até hoje ao meio-dia se acatará ou não o requerimento de aditamento. De acordo com a ex-senadora, se entender que o pedido é relevante, o presidente do colegiado deverá convocar uma reunião de todo o conselho, para que o Plenário se manifeste sobre a ampliação do escopo das investigações.

"Entendemos como inaceitável o não-acatamento do aditamento, mas essa decisão cabe ao conselho. Se o conselho não acatar, ou deixar a decisão apenas para agosto, entraremos com uma nova representação", informou Heloísa Helena, acrescentando que a nova representação já estaria pronta.

Quesitos

O PSOL também apresentou ao Conselho de Ética os quesitos a serem formulados à Polícia Federal para a orientação da perícia nos documentos apresentados por Renan Calheiros em sua defesa.

O partido apresenta questionamentos referentes à autenticidade da compra e davenda de gado bovino que teria sido efetuada pelo senador e que seria, segundo sua defesa, fonte dos recursos utilizados no pagamento da pensão à filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. Paira sobre Renan a suspeita de que teria utilizado recursos da empreiteira Mendes Júnior para efetuar esses pagamentos.

Também há questões relativas à movimentação bancária do senador. O PSOL quer saber, por exemplo, se há transações das contas de Renan correspondentes aos valores e ao período em que a jornalista foi beneficiada.

O partido sugere ainda que o conselho realize oitivas com Mônica Veloso, Zuleido Veras (dono da Gautama, empresa envolvida em irregularidades em licitações e com quem o senador Renan supostamente teria ligações), Everaldo França, assessor do senador, e representantes das empresas de Alagoas que teriam adquirido as reses das fazendas de Renan.

Gim Argello

Em relação ao suplente do ex-senador Joaquim Roriz - PMDB/DF, Gim Argello - PTB/DF, Heloísa Helena afirmou que o PSOL aguardaria sua posse para protocolar também contra ele uma representação por quebra de decoro parlamentar.

Gim Argello é suspeito de participação no desvio de recursos do Banco de Brasília, entre outras denúncias. Seu nome aparece nas investigações da Operação Aquarela, da Polícia Federal, que culminou na renúncia do titular Joaquim Roriz.

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