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Resultado do Sorteio de obra "Manual de Redação Profissional"

Da Redação

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Atualizado em 4 de dezembro de 2007 11:20


Sorteio de obra

Migalhas tem a honra de realizar o sorteio da obra "Manual de Redação Profissional - 3ª. Edição" (1.289 p.), escrita por José Maria da Costa, com prefácio de Saulo Ramos e apresentação de Evanildo Bechara. A obra foi gentilmente oferecida pela Millennium Editora.

Sobre a obra :

"Em todos os tempos, escrever bem foi considerado arte, porque, na falta de mínimas instruções, incentivos ou praticidade de razões, as pessoas não conseguiam "passar para o papel" nem mesmo suas mais simples expressões coloquiais. Daí o sucesso dos filósofos, dos romancistas, dos poetas, dos velhos jornalistas de editoriais ou dos folhetins, dos doutores das religiões, e, no fim da fila, dos juristas com suas obras em linguagem forense e científica, suas postulações, suas sentenças, sua doutrina. Legisladores não se incluem. Sempre escreveram mal.

Apesar desse conceito, escrever errado era vergonhoso e, em algumas épocas, mereceu severos castigos. O melhor dos mundos, entre um conceito e outro, era não escrever, ou fazer igual aos médicos que, obrigados a escrever receitas, recorriam a rabiscos ininteligíveis, que somente os farmacêuticos conseguiam ler.

No mundo moderno, houve uma profunda revolução naquela velha concepção. Além dos escritores, jornalistas, homens de letras, cientistas do Direito, tratadistas de Medicina, de Física e até de Matemática, em todas as atividades é preciso escrever e, por óbvio, escrever corretamente. Nas empresas, nas repartições públicas, nos sindicatos, nas relações comerciais, industriais, são escritos diariamente milhões de memorandos, cartas, pareceres, relatórios, comentários, ordens, orientam decisões, desenvolvem planejamentos, relatam reuniões, fundamentam sugestões, justificam opções, compra, venda, transações.

Desde uma simples bula de remédios, ou catálogo de produto eletrônico, ou termos de garantia de aparelho doméstico ou industrial, até os complexos contratos entre empresas, ou entre fornecedores e consumidores, tudo está condicionado a uma redação precisa, clara, competente, tanto sob o enfoque técnico jurídico, mas para ser realmente eficiente, exige a boa linguagem, sem erros e sem dúvidas. E de fácil entendimento pelas pessoas comuns do povo, o que continua deixando de fora a legislação.

Nas escolas, a redação passou a ser fundamental em todas as matérias. E a juventude, além das salas de aulas, passou, do romântico bilhetinho de namorados, às salas de bate-papo na Internet, e está demonstrando que, nesta modalidade, quem escreve melhor atrai mais as atenções e impõe maior respeito aos interlocutores. E, desde as escolas em geral, ou vestibulares, até a plenitude dos cursos universitários, a leitura e a escrita constituem a essência da formação cultural imprescindível à afirmação e à evolução dos povos, de sua história e de sua subsistência dentro do sistema de conquistas a que chamamos de civilização.

Às profissões clássicas, que sempre usaram a escrita como ferramenta de expressão, acresceram-se outras, sobretudo no mercado da publicidade, que reclama textos concisos e inteligentes, capazes de dar eficácia à propaganda comercial. E tanto a publicidade como os romances e a informação jornalística passaram a ter, na televisão e no cinema, a ilustração da imagem com força avalassadora na comunicação visual. Mas, lido pelo locutor ou interpretado por artistas, como alicerce de todos esses processos, está o texto, e, se foi mal escrito, não há imagem, nem locutor, nem artista que possa salva-lo. É verdade que a televisão provocou o afastamento dos livros, e é lendo que se aprende a escrever. Estamos, pois, numa fase curiosa: temos que escrever bem sem muita leitura. Mais um motivo, entre outros, que justifica a utilidade das obras de pronto-socorro para as questões lingüísticas.

A humanidade tem hoje, por necessidade prática e, claro, por aspiração cultural, verdadeira obsessão: escrever corretamente. Fiz consulta em programa de pesquisa na Internet, digitando a expressão "escrever bem". Á expressão "escrever corretamente", respondeu o pesquisador com 10.700 páginas. Usei o Google. Mas outros dão aproximadamente os mesmos resultados. Pode-se, apenas por isso, verificar o enorme interesse da coletividade em aprender e saber escrever bem.

Pois melhor do que as quase noventa mil páginas da Internet, melhor que todos os anteriores trabalhos sobre "a arte de escrever", melhor que todas as respeitáveis obras até hoje publicadas como orientadores lingüísticos e gramaticais, ou como auxílio e tira-dúvidas da língua portuguesa, é este formidável livro do Dr. José Maria da Costa, um trabalho monumental de pesquisa e inteligente organização, em ordem alfabética, das expressões em português e em brasileiro, tudo bem comentado, explicado em linguagem simples, com exemplos didáticos, e enriquecido com citações de outros autores, quase todos os que contribuíram para a construção da catedral do idioma condensada neste livro.

Quando portanto, saliento ser este trabalho melhor do que todos os outros anteriormente publicados, não estou desmerecendo as magníficas obras dos demais estudiosos da língua, mas apenas salientando que, neste trabalho, os demais autores tiveram suas obras incorporadas, de forma que aqui se obtém, em consultas fáceis, não só a resposta para as dúvidas, como também a informação de como foram tratadas por outros lingüistas, incluídas até as divergências entre eles, mas seguidas da explicação de suas causas e habilmente sugeridas as melhores soluções. Logo, esta obra é a melhor, porque reúne, em uma só, o bom de todas, e acrescenta. E como acrescenta!

Enfim, estamos diante de um esplêndido resultado de anos e anos de pesquisas de locuções e expressões da língua, cuidadosamente dicionarizadas e inteligentemente estudadas, explicadas, expostas com rigor sóbrio de linguagem absolutamente lúcida, nos dois sentidos de lucidez: brilhante e precisa."



* Prefácio assinado por, Saulo Ramos, advogado, poeta, consultor-geral da República e ex - Ministro da Justiça.

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Sobre o autor :

Dr. José Maria da Costa, autor das Gramatigalhas e do Manual de Redação Profissional, é graduado em Direito, Letras e Pedagogia, advogou por mais de dez anos antes de ingressar na Magistratura paulista, classificando-se em primeiro lugar. Já aposentado, integra a Advocacia Rocha Barros Sandoval & Ronaldo Marzagão. É Mestrando da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Membro da Academia Ribeirãopretana de Letras Jurídicas. Professor de Linguagem Forense na Universidade de São Paulo e na Escola Paulista da Magistratura, Professor de Direito Civil na Universidade de Ribeirão Preto, foi Diretor Adjunto de Comunicação da Associação dos Magistrados Brasileiros, e é Diretor do IMB - Instituto dos Magistrados do Brasil. Membro da Academia Ribeirão-pretana de Letras Jurídicas.

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 Resultado :

  • Cláudio Vieira da Cunha Lopes, assessor sênior de TI do Banco do Brasil S/A, de Brasília/DF

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