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Resultado do Sorteio de obra "Dicionário Mandarim PinYin"

Da Redação

terça-feira, 18 de março de 2008

Atualizado em 13 de março de 2008 10:23


Sorteio da obra

Migalhas tem a honra de sortear a obra "Dicionário de Mandarim PinYin" (Editora Aduaneiras - 246 p.), escrita e gentilmente oferecida pelo advogado Durval de Noronha Goyos Júnior.

Sobre a obra :

O Dicionário de Mandarim PinYin atende à crescente demanda de conhecimento desse idioma, resultante da intensificação das trocas comerciais do Brasil com a República Popular da China e da grande importância deste país para as relações econômicas internacionais. Conta com mais de 3.500 palavras importantes para as relações empresariais e jurídicas.

A obra traz, ainda, uma introdução explicativa sobre a gramática e pronúncia do mandarim. O uso do PinYin ou Mandarim escrito em caracteres latinos facilita a sua utilização em situações cotidianas na China.

O dicionário contém três seções distintas. A primeira apresenta siglas e abreviaturas, já a segunda os verbetes jurídico-empresariais propriamente ditos, listados em ordem alfabética e a terceira, e última, um guia rápido de expressões coloquiais, animais e vegetais, bem como as principais peças do vestuário. O dicionário jurídico e de negócios apresenta a categoria gramatical dos verbetes.

Dicionários e manuais de conversação têm, por praxe, uma seção na qual se explica, ainda que sucintamente, o funcionamento da língua e indica sua correta pronúncia.

Em se tratando do mandarim, a tarefa conta com um complicador, pois além da dificuldade visual pelo uso de ideogramas, em função das dimensões do país, embora o mandarim seja a língua padrão, existem diversas outras línguas e diversas outras pronúncias.

A intenção não é, portanto, ensinar o idioma, mas procurar evidenciar as diferenças com o português e assim facilitar a comunicação.

Sobre o autor :

Durval de Noronha Goyos Jr. é advogado habilitado no Brasil, Inglaterra e Gales, e Portugal. É sócio fundador de Noronha Advogados. Considerado uma das maiores autoridades mundiais em direito internacional com densa e vasta atuação como jurista, acadêmico, jornalista e diplomata, o Dr. Noronha é árbitro da Organização Mundial do Comércio (OMC) desde sua fundação, em 1995, e da CIETAC (Comissão Internacional de Arbitragem da Economia e Comércio da China), em Beijing. É ainda grande lingüista e lexicógrafo, autor do consagrado Dicionário Jurídico Noronha, anglo-português, atualmente na 6ª edição e mais de 60 mil exemplares vendidos, bem como do Dicionário de Anglicismos, sucesso de crítica, e de mais de 40 outras publicações.

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 Resultado :

  • Tai Lam, consultor em São Paulo/SP

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Mandarim: É o idioma padrão da língua chinesa. É baseado no dialeto que era falado em Pequim (Beijing), o pequinês. O termo "mandarim" nasceu das relações comerciais entre portugueses e chineses no início do século XVII. Os comerciantes lusitanos aportavam nas cidades chinesas em busca de chá, seda e outros artigos exóticos, e tratavam com funcionários determinados pelo governo imperial da China. Seus subordinados eram proibidos de entrar em contato com os forasteiros, e assim o comércio era feito apenas com os chineses que mandavam, e assim o idioma utilizado por estes funcionários ficou conhecido como "mandarim" no ocidente. Outra versão largamente difundida para a origem da palavra é que ela viria originalmente do hindi "mantri", significando "conselheiro", "ministro de estado", passando entao ao malaio "mantri", e então ao português "mandarim"e, a partir do português, foi assimilada por outras línguas européias, incluindo o inglês, onde o registro do primeiro uso da palavra "mandarin" data de 1589. O mandarim possui 80.000 (oitenta mil) caracteres, chamados de hanzis, dos quais 7.000 (sete mil) são mais usados. Uma pesquisa nacional do Ministério da Educação da China mostrou que hoje em dia 94% dos chineses falam mandarim, a língua oficial do país, na China chamada de putonghua. Nada surpreendente para uma população que possui 55 minorias étnicas (10% da população em termos quantitativos), todas com línguas próprias. O mandarim se tornou língua nacional da China em 1956, mas desde esta época, o país discute se forçar suas minorias étnicas a falar mandarim não seria como condená-las ao fim. Pelo visto, a resistência é forte. No Tibete, por exemplo, onde a maioria da população ainda é pobre, todos falam tibetano e só o topo da pirâmide social arrasta um putonghua básico. É bom lembrar que a língua é parte das manifestações culturais de um povo e, no caso do Tibete, pode bem ilustrar a resistência do povo local ao domínio da ocupação chinesa desde 51. Por sua vez, ironicamente, hoje, pelos cálculos do governo, 30 milhões de pessoas estão aprendendo chinês no mundo

Pinyin: (??, pinyin) É o método (sistema de romanização) usado oficialmente na República Popular da China para transcrever, no alfabeto latino, o dialeto Mandarim padrão da língua chinesa. Pinyin significa, literalmente, "soletração de sons", onde, precisamente, pin quer dizer soletração e yin: som. Uma tradução menos literal pode ser "foneticismo", "soletração" ou "transcrição".

A mais comum e mais usada variante do pinyin é o chamado Hanyu Pinyin, onde Hànyu significa mandarim, no dialeto mandarim. O Hanyu Pinyin é também conhecido como esquema do alfabeto fonético chinês. O Hanyu Pinyin foi aprovado em 1958 e adotado em 1979 pelo governo da República Popular da China. Ele superou sistemas anteriores de romanização, tais como o Wade-Giles (1859), que foi modificado em 1892, e o Pinyin de Sistema Postal, e também substituiu o Zhuyin como o método de instrução fonética chinesa na China Continental. O Hanyu Pinyin foi adotado em 1979 pela Organização Internacional de Padronização (International Organization for Standarzation) (ISO) como a romanização padrão do chinês moderno (ISO-7098:1991). Ele também foi aceito pelo governo de Singapura, pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, e pela Associação de Bibliotecas Americanas (American Library Association), como também por vários outros organismos internacionais. Igualmente se tornou uma ferramenta útil em digitações de textos da língua chinesa em computadores. O pinyin é uma romanização, e não uma anglicização, ou seja, ele utiliza letras latinas para representar sons no Mandarim padrão. A maneira de efetuar tal representação no pinyin difere, em alguns casos, do estilo de simbolização escrita de sons em outras línguas que usam o alfabeto latino. Por exemplo, os sons indicados nesse dialeto pela letra b e g correspondem mais precisamente aos sons representados, respectivamente, pela letra p e k no emprego ocidental do alfabeto latino. Outras letras, como j, q, x ou zh indicam sons que não correspondem exatamente a nenhum som em inglês. Algumas das transcrições no pinyin, tais como a terminação "ang", também não correspondem a pronúncias da língua inglesa. Ao permitir que caracteres latinos se refiram a sons chineses específicos, o pinyin realiza uma romanização acurada e compacta, o que é conveniente para faladores natos chineses e acadêmicos. Contudo, isto também significa que uma pessoa que nunca estudou chinês, ou o sistema do pinyin, está sujeita a cometer graves erros de pronúncia, o que é um problema menos sério com sistemas de romanização anteriores, tais como o Wade-Giles.

Pronúncia: O propósito primário do pinyin em escolas chinesas é ensinar a pronúncia do Mandarim padrão. Muitas pessoas ocidentais estão equivocadas ao pensar que o pinyin é usado para ajudar crianças a associar caracteres com palavras faladas que elas já conhecem, mas isto é incorreto, já que muitos chineses não usam o Mandarim padrão em casa, e por isso não conhecem a pronúncia de palavras do Mandarim padrão até chegar ao ponto de aprendê-las na escola primária através do uso do pinyin. O pinyin utiliza o alfabeto latino, e portanto sua pronúncia é relativamente clara para os ocidentais. As vogais do pinyin são pronunciadas de forma similar às vogais das línguas românicas, e a maioria das consoantes são semelhantes às da língua inglesa, ou mesmo da língua portuguesa. Uma armadilha para novatos anglófonos, contudo, são as pronúncias pouco comuns do x, q, c, zh, e z (e às vezes i) e a pronúncia surda (sem vibração das cordas vocais) das letras d, b, g e j. Mais informações sobre a pronúncia de todas as letras do pinyin em termos de aproximações ao inglês são fornecidas mais abaixo. A pronúncia do chinês dá-se geralmente em termos de iniciais e finais, que representam a parte segmental e fonêmica da língua. Iniciais são consoantes iniciais, enquanto que finais são todas as combinações possíveis de mediais (semivogais que antecedem as vogais), o núcleo da vogal, e a coda (vogal ou consoante final).

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