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Filhos de Pais Separados - como fica no Natal

Todo mês de dezembro é a mesma história: juntar a família para confraternizar o natal. Pais e filhos celebram todos juntos quando chega o natal. Mas, como fica a situação quando seu pai e mãe não convivem na mesma casa? Em casos assim, as comemorações podem ser mais uma dor de cabeça que sinônimo de felicidade.

Da Redação

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Atualizado às 09:07


Família

Como ficam no Natal os filhos de pais separados ? Veja o que diz a advogada Tânia da Silva Pereira, diretora da Comissão para Infância e Juventude do IBDFAM - Instituto Brasileiro de Direito de Família

  • Confira a matéria na íntegra.

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Filhos de Pais Separados - como fica no Natal

Todo mês de dezembro é a mesma história: juntar a família para confraternizar o natal. Pais e filhos celebram todos juntos quando chega o natal. Mas, como fica a situação quando seu pai e mãe não convivem na mesma casa? Em casos assim, as comemorações podem ser mais uma dor de cabeça que sinônimo de felicidade.

A lei brasileira é clara quando se fala de casais separados: quem não tem a guarda definitiva do filho, tem direito a passar com ele os feriados e as férias. Mas quando a relação dos pais fica estremecida depois da separação, a saída, em benefício dos filhos, é negociar "Os pais devem avaliar aquilo que é mais importante, a felicidade dos filhos. Buscar conciliar horário, planejar passar a ceia em uma casa e o dia 25 em outra; o importante é vencer as desavenças", aconselha a advogada Tânia da Silva Pereira, especializada em direito da Família.

A advogada lembra que a assistência afetiva, imaterial, é tão importante quanto a assistência econômica. "A convivência com o pai e familiares é direito previsto na CF/88 (art. 227 - clique aqui) e também pode ser alcançada via judicial, mediante ação denominada Regulamentação de Visita. Trata-se, portanto, de um direito-dever", explica Tânia, também diretora da Comissão para Infância e Juventude do IBDFAM - Instituto Brasileiro de Direito de Família.

O empresário Roni Russo, sócio do Bar da Pracinha, conviveu com o dilema por alguns anos, mas sempre conseguiu conciliar a data festiva. "Sempre combinávamos do natal ser passado com um e ano novo com outro, e no ano seguinte a gente revezava, sem maiores problemas", explica. Roni já foi separado da atual mulher por alguns anos, mas agora voltou a viver com ela.

O empresário também convive com a enteada, filha do primeiro casamento de sua esposa, e disse que tudo é resolvido pelo diálogo. "A gente ama os nossos filhos, só quer viver os melhores momentos com ele", conclui.

Para a psicóloga Diana Alencar, pedagoga do Colégio Saint John, na Barra da Tijuca, é importante ressaltar a importância das figuras materna e paterna para o desenvolvimento da criança como modelos de amor e afeto. "A separação dos pais não deve significar ruptura da relação com os filhos ou estimular sentimentos de abandono ou perda por parte da criança. Os vínculos afetivos entre pais e filhos precisam ser preservados para que possam continuar sentindo-se amados e cuidados após o divórcio e que entendam que a relação entre o casal pode terminar, mas a relação entre pais e filhos é um vínculo seguro, amoroso e que eles não serão abandonados", ressalta Diana.

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