Líderes partidários discutem reforma tributária amanhã
Os líderes de partidos se reúnem amanhã, 4/3, com o relator da reforma tributária (PECs 233/08, 31/07 e outras), deputado Sandro Mabel - PR/GO. A base governista está disposta a votar a proposta no Plenário da Câmara em março, mas ainda há resistências da oposição. A reunião está marcada para as 16h, na liderança do governo.
Da Redação
terça-feira, 3 de março de 2009
Atualizado às 07:54
Tributos
Líderes partidários discutem reforma tributária amanhã
Os líderes de partidos se reúnem amanhã, 4/3, com o relator da reforma tributária (PECs 233/08, 31/07 e outras), deputado Sandro Mabel - PR/GO. A base governista está disposta a votar a proposta no Plenário da Câmara em março, mas ainda há resistências da oposição. A reunião está marcada para as 16h, na liderança do governo.
O PSDB quer que o relator apresente simulações do impacto da reforma nos estados ano a ano, até 2021. Segundo o deputado Duarte Nogueira - PSDB/SP, vice-líder do partido, os dados apresentados na última reunião sobre o tema foram insuficientes porque não estavam detalhados.
"Nós do PSDB, que governamos estados populosos e grandes contribuintes do Fisco, entendemos que é preciso haver responsabilidade na hora de discutir essa matéria e de votá-la", afirma Nogueira. "Devemos ter consciência do que vai mudar na vida de cada estado, até porque haverá impactos nos serviços públicos, na educação, na saúde, na segurança e nos serviços sociais", acrescenta.
Secretários
O relator da reforma, Sandro Mabel, afirma que não dispõe dos dados exigidos pelo PSDB. Segundo ele, apenas o Conselho Nacional de Política Fazendária - Confaz, que reúne os secretários estaduais de Fazenda, poderia ter essas informações.
"Os números que já foram apresentados são consistentes e mostram de uma maneira global, não individualizando em cada estado, que se houver perdas existirá também o dinheiro para compensá-las. Isso está claro", argumenta.
O líder do governo, deputado Henrique Fontana - PT/RS, avalia que a reforma é boa para a economia brasileira e espera que a oposição não obstrua a votação da matéria.
Fontana diz que as divergências devem ser destacadas do texto e levadas à deliberação do Plenário. "A oposição vai ter todo o espaço para fazer seus destaques e debater os pontos sobre os quais ela discorde do governo; mas o acordo é de que nós vamos votar, e a negociação está ocorrendo com grande velocidade."
Pelo fato de ser tema de PECs, a reforma tributária precisa ser aprovada em dois turnos na Câmara antes de ir ao Senado. A matéria já passou por uma comissão especial.
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