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STF - Ação contra patente "pipeline" será levada para julgamento em definitivo pelo Plenário

A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, do STF, determinou a aplicação do rito sumário para julgamento da ADIn 4234, ajuizada pela PGR contra dispositivos legais que tratam de patentes "pipeline". Com isso, a ação será levada diretamente para o Plenário do STF julgar seu mérito, sem análise do pedido de liminar.

Da Redação

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Atualizado às 11:38


Inconstitucionalidade

STF - Ação contra patente "pipeline" será levada para julgamento em definitivo pelo Plenário

A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, do STF, determinou a aplicação do rito sumário para julgamento da ADIn 4234, ajuizada pela PGR contra dispositivos legais que tratam de patentes "pipeline". Com isso, a ação será levada diretamente para o Plenário do STF julgar seu mérito, sem análise do pedido de liminar.

Na ação, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, aponta inconstitucionalidade dos artigos 230 e 231 da Lei da Propriedade Industrial brasileira, a Lei federal 9.279/96. De acordo com o procurador-geral, os dispositivos questionados tratam das chamadas patentes "pipeline", também conhecidas como patentes de revalidação, mecanismo que visa conceder patente a produtos que não eram patenteáveis antes da lei de 96 e que já estavam no domínio público brasileiro.

A nova regra, afirma o procurador-geral na ação, permite "a revalidação de patente estrangeira no Brasil, mesmo em detrimento do requisito da novidade". Segundo Antonio Fernando, "a inconstitucionalidade das patentes 'pipeline' está justamente na sua natureza jurídica, pois se pretende tornar patenteável, em detrimento do princípio da novidade, aquilo que já se encontra em domínio público".

Antonio Fernando alega que a patente "pipeline" é uma figura não prevista pelos acordos internacionais na área. "Sem que haja novidade, não há motivo justificável para se criar um monopólio em favor de particulares, por meio da proteção patentária", completa.

Na ação, ele solicitou a concessão de liminar para suspender os dispositivos, mas a ministra Cármen Lúcia entendeu que, pela importância da matéria, ela deve ser analisada diretamente no mérito pelo Plenário, aplicando ao caso o rito abreviado previsto no artigo 12 da Lei 9.868/99 (clique aqui), a Lei das ADIn.

No despacho, a ministra solicita informações ao Congresso Nacional e determina que, em seguida, seja aberta vista do processo para a Advocacia Geral da União - AGU - e para a PGR.

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