MIGALHAS QUENTES

  1. Home >
  2. Quentes >
  3. OAB/RJ - Corrupção policial é cancro que torna inútil política de segurança pública

OAB/RJ - Corrupção policial é cancro que torna inútil política de segurança pública

Ao comentar as prisões de policiais do Rio acusados de corrupção e de manter ligação com traficantes de drogas, o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, afirmou que "a corrupção na polícia é um cancro que torna inútil qualquer política séria e efetiva de segurança pública". Para Wadih, qualquer política de segurança pública, principalmente no Rio, onde a criminalidade urbana existe há décadas, só será eficaz se a corrupção policial for extirpada.

Da Redação

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Atualizado às 08:11

Segurança

OAB/RJ - Corrupção policial é cancro que torna inútil política de segurança pública

Ao comentar as prisões de policiais do Rio acusados de corrupção e de manter ligação com traficantes de drogas, o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, afirmou que "a corrupção na polícia é um cancro que torna inútil qualquer política séria e efetiva de segurança pública". Para Wadih, qualquer política de segurança pública, principalmente no Rio, onde a criminalidade urbana existe há décadas, só será eficaz se a corrupção policial for extirpada.

Na avaliação do presidente da OAB/RJ, a corrupção nas Polícias é um problema antigo no Rio e nunca se percebeu vontade política de combatê-lo. No entanto, a OAB/RJ vê com bons olhos a Operação Guilhotina - deflagrada pela Polícia Federal na última sexta e comandada pela Secretaria de Segurança Pública do Rio -, uma vez que indica existir por parte das autoridades públicas de segurança vontade política para enfrentar esse "cancro" no aparato policial do Estado. "Devemos aplaudi-la, mas, obviamente, não podemos deixar de ressaltar que a Operação não pode prescindir dos elementos de legalidade e nem deixar de assegurar aos acusados amplo e efetivo direito de defesa".

Ainda segundo Wadih Damous, a Operação Guilhotina complementa a política de pacificação e uma nova visão que passa a prevalecer na segurança pública do Rio de Janeiro, de combate mais inteligente ao tráfico armado e às milícias. Anteriormente, disse Damous, as ações levavam à morte de muitos inocentes e de policiais. Agora, com as UPPS e os investimentos sociais nas favelas, vê-se uma política inteligente e cidadã de segurança pública. "Esperamos que essa Operação Guilhotina livre a população dos maus policiais e que reduza a corrupção policial a níveis insignificantes. Isso é o que todo cidadão espera", finalizou.

A Operação Guilhotina prendeu, ao todo, cerca de 600 agentes, entre policiais Federais e das forças Estaduais. Foram cumpridos 45 mandados de prisão preventiva, sendo 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares, além de 48 mandados de busca e apreensão. As investigações partiram do vazamento de dados durante outra operação policial, que teve como objetivo prender traficantes.

______________


 

 


______________